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'Nenhuma força estrangeira manda na PF', diz Dino após Israel comentar sobre operação no Brasil

© Marcelo Camargo/Agência BrasilMinistro da Justiça, Flávio Dino durante lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS), no Palácio do Planalto. Brasília (DF), 21 de julho de 2023
Ministro da Justiça, Flávio Dino durante lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS), no Palácio do Planalto. Brasília (DF), 21 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2023
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Além de ter sido o gabinete do premiê israelense que divulgou a ajuda do Mossad na operação ocorrida ontem (8), e não ter sido a PF, embaixador de Israel indicou que ataques poderiam ter acontecido no Brasil porque "há apoiadores" para isso.
Ontem (8), a Polícia Federal (PF) brasileira deflagrou a operação antiterrorista Trapiche nos estados de Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal, a fim de investigar o recrutamento de brasileiros para o cometimento de atos extremistas.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou pelas redes sociais que a agência israelense havia contribuído com as investigações da PF.

"Os serviços de segurança brasileiros, juntamente ao Mossad e os parceiros da comunidade de segurança israelense […] frustraram um ataque terrorista no Brasil, planejado pela organização terrorista Hezbollah sob a direção e o financiamento do regime iraniano", disse o gabinete, conforme noticiado.

Hoje (9), o ministro da Justiça, Flávio Dino, usou as redes sociais para ressaltar que nenhum representante de governo estrangeiro "pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal".
Além de Tel Aviv ter divulgado a informação da parceria com a PF, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, afirmou ao jornal O Globo que o Hezbollah planejou um ataque terrorista a entidades judaicas e sinagogas em território brasileiro "por poder contar com apoiadores no país".
Todo o contexto levou Dino a se posicionar e dizer que o Brasil é um país soberano e que as investigações ainda estão em andamento.
As bandeiras de Israel e do Brasil estão penduradas do lado de fora do prédio que abriga a Embaixada do Brasil, na cidade israelense de Tel Aviv - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2023
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"Quem faz análise da plausibilidade de indícios que constam de relatórios internacionais são os delegados da Polícia Federal, que submetem pedidos ao nosso Poder Judiciário. Os mandados cumpridos ontem, sobre possível caso de terrorismo, derivaram de decisões do Poder Judiciário do Brasil. Se indícios existem, é dever da Polícia Federal investigar, para confirmar ou não as hipóteses investigativas", ressaltou o ministro.
Um dos investigados pela Polícia Federal por planejar ataques confirmou em depoimento que foi recrutado pelo Hezbollah. Esse investigado é um dos 11 suspeitos alvos de mandados de busca e apreensão ontem (8). Outros dois foram alvos de mandado de prisão, de acordo com a CNN.
Ainda segundo a mídia, a PF investiga a origem dos US$ 5 mil (cerca de R$ 25 mil) apreendidos com um dos dois suspeitos. O setor de inteligência da PF apura se o dinheiro foi pagamento do Hezbollah pelo suposto planejamento de ataques contra prédios da comunidade judaica no Brasil. As notas de dinheiro vão passar por perícia.
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