Fronteira de Rafah vai reabrir para travessia de civis estrangeiros; 34 brasileiros aguardam em Gaza
16:09 11.11.2023 (atualizado: 17:00 11.11.2023)
© AP Photo / Fatima ShbairPalestinos aguardam liberação para deixar o território em meio à guerra. Faixa de Gaza, 1 de novembro de 2023
© AP Photo / Fatima Shbair
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Após ser fechada na última sexta, a fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, em Rafah, será reaberta no domingo (12) para a travessia de estrangeiros que querem deixar o território. Um grupo com 34 brasileiros já teve autorização para deixar a região.
Há semanas, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira tenta negociar com a Israel a liberação da saída de um grupo com 34 brasileiros da Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito, em Rafah.
Uma aeronave da Força Área Brasileira (FAB) já está preparada para decolar da região. Na sexta-feira (10), o embaixador do Brasil no Egito, Alessandro Candeas, disse que a expectativa era que os brasileiros deixassem Gaza neste sábado (11). No entanto, a passagem da fronteira de Rafah não foi aberta pelo Egito hoje.
Durante as saídas, a prioridade tem sido ambulâncias que levam pessoas feridas pelo conflito para serem atendidas no país vizinho, como parte do acordo firmado entre Israel, Egito, Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas (ONU).
O posto de controle na fronteira foi fechado por conta da suspeita de militantes do Hamas usarem as ambulâncias para sair da Faixa de Gaza.
Em relato exclusivo à Sputnik Brasil, a brasileira residente da Faixa de Gaza Shahd al-Banna, de 18 anos, contou como o bloqueio e os ataques aéreos israelenses afetam sua vida, privando brasileiros de água, comida, luz e, principalmente, segurança.
Uma aeronave da Força Área Brasileira (FAB) já está preparada para decolar da região. Na sexta-feira (10), o embaixador do Brasil no Egito, Alessandro Candeas, disse que a expectativa era que os brasileiros deixassem Gaza neste sábado (11). No entanto, a passagem da fronteira de Rafah não foi aberta pelo Egito hoje.
Durante as saídas, a prioridade tem sido ambulâncias que levam pessoas feridas pelo conflito para serem atendidas no país vizinho, como parte do acordo firmado entre Israel, Egito, Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas (ONU).
O posto de controle na fronteira foi fechado por conta da suspeita de militantes do Hamas usarem as ambulâncias para sair da Faixa de Gaza.
Em relato exclusivo à Sputnik Brasil, a brasileira residente da Faixa de Gaza Shahd al-Banna, de 18 anos, contou como o bloqueio e os ataques aéreos israelenses afetam sua vida, privando brasileiros de água, comida, luz e, principalmente, segurança.
O conflito na Faixa de Gaza entre Israel e Hamas, iniciado em 7 de outubro (há exatamente um mês), já acumula números volumosos. Segundo o Ministério da Saúde da Palestina e organizações internacionais, mais de 10 mil palestinos foram mortos. O número de crianças vitimadas já ultrapassa a casa de 4 mil.
Desde o início das agressões, Israel já bombardeou a Faixa de Gaza com, aproximadamente e segundo cálculos de organizações, a potência de explosivos equivalente a duas bombas nucleares. Com os ataques aéreos, portanto, fica quase impossibilitada a locomoção de civis pela região.
"A maioria das crianças está doente. Por causa dos bombardeios que aconteceram no norte, cheiramos muito fósforo branco. Eu estou sentindo muita saudade de beber água limpa, você não tem noção", diz brasileira residente da Faixa de Gaza Shahd al-Banna em relato à Sputnik Brasil. pic.twitter.com/1NKAXuSX1c
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) November 7, 2023
É o caso da jovem brasileira Shahd al-Banna, 18, que se encontra na região sul de Gaza após ter sido deslocada do setor norte, onde o maior número de ataques aconteceu nos últimos dias.