https://noticiabrasil.net.br/20231112/em-meio-a-crise-energetica-no-bloco-europeu-suica-revela-plano-de-energia-nuclear-31432566.html
Em meio à crise energética no bloco europeu, Suíça revela plano de energia nuclear
Em meio à crise energética no bloco europeu, Suíça revela plano de energia nuclear
Sputnik Brasil
Segundo as empresas do setor de energia de Berna, todos os reatores devem permanecer operacionais enquanto forem considerados seguros. 12.11.2023, Sputnik Brasil
2023-11-12T10:28-0300
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2023-11-12T10:47-0300
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De acordo com a Bloomberg, a Suíça pretende manter suas usinas nucleares operacionais durante mais tempo do que o planejado, devido a receios de escassez de eletricidade, refletindo uma tendência entre outros países europeus de aumentar a utilização da energia atômica. O país possui quatro reatores nucleares, que geram até 40% da eletricidade consumida no país, segundo a Associação Nuclear Mundial. Em 2017, a Suíça decidiu eliminar gradualmente a energia nuclear, mas não estabeleceu um prazo para a desativação das usinas, deixando os operadores manterem o funcionamento, desde que sejam consideradas seguras. A crise energética e as preocupações em garantir um fornecimento estável de eletricidade levaram as empresas suíças a prolongar a vida útil dos reatores. As principais empresas operadoras, a Axpo Holding e a Alpiq Holding, já aumentaram a utilização planejada das suas usinas nucleares para 60 anos, dez anos a mais que a meta anterior de 50 anos, o que as levaria a funcionar até cerca de 2040, disseram representantes das empresas à mídia. Ainda segundo a apuração, a Alpiq está considerando uma prorrogação de até 80 anos e avaliando como a mudança afetaria a segurança, os investimentos e os lucros. A decisão reflete uma tendência mais ampla em toda a União Europeia (UE): a França, Bélgica e Finlândia também trabalham na extensão da vida útil dos seus reatores, uma vez que antecipam o aumento da procura por eletricidade em um contexto de insuficiência de fontes de energia renováveis. A Alemanha, no entanto, encerrou as suas últimas usinas nucleares em abril a favor da energia renovável, pondo fim a mais de seis décadas de utilização comercial da energia nuclear. A decisão conduziu a déficits de eletricidade e forçou a maior economia da UE a aumentar as importações de eletricidade produzida pelas instalações nucleares francesas e pelas centrais a carvão na República Tcheca.
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Em meio à crise energética no bloco europeu, Suíça revela plano de energia nuclear
10:28 12.11.2023 (atualizado: 10:47 12.11.2023) Segundo as empresas do setor de energia de Berna, todos os reatores devem permanecer operacionais enquanto forem considerados seguros.
De
acordo com a Bloomberg, a Suíça pretende manter suas usinas nucleares operacionais durante mais tempo do que o planejado, devido a receios de
escassez de eletricidade, refletindo uma
tendência entre outros países europeus de aumentar a utilização da energia atômica.
O país possui quatro
reatores nucleares, que
geram até 40% da eletricidade consumida no país, segundo a Associação Nuclear Mundial. Em 2017, a Suíça decidiu eliminar gradualmente a energia nuclear, mas não estabeleceu um prazo para a desativação das usinas, deixando os operadores manterem o funcionamento, desde que sejam consideradas seguras.
A
crise energética e as preocupações em
garantir um fornecimento estável de eletricidade levaram as empresas suíças a prolongar a vida útil dos reatores. As principais empresas operadoras, a Axpo Holding e a Alpiq Holding, já aumentaram a utilização planejada das suas usinas nucleares para 60 anos, dez anos a mais que a meta anterior de 50 anos, o que as levaria a funcionar até cerca de 2040, disseram representantes das empresas à mídia.
Ainda segundo a apuração, a Alpiq está considerando uma prorrogação de até 80 anos e avaliando como a mudança afetaria a segurança, os investimentos e os lucros.
A decisão reflete uma tendência mais ampla em toda a União Europeia (UE): a
França, Bélgica e Finlândia também
trabalham na extensão da vida útil dos seus reatores, uma vez que antecipam o aumento da procura por eletricidade em um contexto de insuficiência de fontes de energia renováveis.
A Alemanha, no entanto,
encerrou as suas últimas usinas nucleares em abril a favor da
energia renovável, pondo fim a mais de seis décadas de utilização comercial da energia nuclear. A decisão conduziu a déficits de eletricidade e forçou a maior economia da UE a aumentar as importações de eletricidade produzida pelas instalações nucleares francesas e pelas centrais a carvão na República Tcheca.