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Médicos Sem Fronteiras perdem contato com equipe do hospital Al-Shifa, em Gaza

© AP Photo / Yasser QudihMédico palestino trata feridos após bombardeio israelense no hospital Al-Shifa. Gaza, 23 de outubro de 2023
Médico palestino trata feridos após bombardeio israelense no hospital Al-Shifa. Gaza, 23 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 12.11.2023
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A organização internacional de ajuda humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) enfrenta situação crítica no hospital Al-Shifa, localizado na cidade de Gaza, onde perdeu contato com sua equipe há 24 horas.
A unidade hospitalar encontra-se cercada por combates e bombardeios contínuos, de acordo com a agência estatal iraniana Tasnim, que citou fontes locais indicando que o local está sem energia.
"Desde ontem à noite, não conseguimos entrar em contato com nossa equipe do Hospital Al-Shifa. Outros colegas de MSF que vivem na cidade de Gaza relataram que os combates em torno de Al-Shifa não pararam. Estamos profundamente preocupados com suas vidas", informaram os MSF em suas redes sociais.
A falta de energia compromete a capacidade em fornecer cuidados essenciais aos pacientes, aumentando os riscos para aqueles que dependem dos serviços médicos fornecidos pelo Al-Shifa.
O movimento palestino Hamas negou as acusações israelenses de que impediu o hospital de receber combustível de Israel. As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram anteriormente que doaram 300 litros de combustível ao local.
"O Hamas não faz parte da administração do hospital Al-Shifa e não participa na tomada de decisões; o hospital está inteiramente sob a gestão do Ministério da Saúde palestino", afirmou o movimento em comunicado. Além disso, foi ressaltado que tal afirmação é uma "campanha publicitária barata" com a qual Israel tenta esconder os seus crimes.

Guerra entre Israel e Hamas

Em 7 de outubro, o Hamas fez uma invasão por terra e atacou Israel com foguetes e matou 1,4 mil pessoas, incluindo 300 militares.
Em resposta, os israelenses já mataram mais de 11 mil pessoas na Faixa de Gaza e bloquearam o fornecimento de água, comida, eletricidade, medicamentos e combustível no enclave.
Diversas autoridades e lideranças ao redor do mundo têm pedido um cessar-fogo entre as partes e a efetivação da criação de dois Estados — conforme determinação da Organização das Nações Unidas (ONU).
O presidente russo, Vladimir Putin, por exemplo, já declarou que a saída para a crise no Oriente Médio só é possível com base na solução aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, que prevê a chamada solução de dois Estados.
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