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ONU denuncia a morte de mais de 100 funcionários durante conflito em Gaza

© AP Photo / Abed KhaledPalestinos tentam fugir de hospital atacado pelo Exército de Israel. Cidade de Gaza, 16 de outubro de 2023
Palestinos tentam fugir de hospital atacado pelo Exército de Israel. Cidade de Gaza, 16 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 12.11.2023
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Pelo menos 101 funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU) já morreram por conta dos ataques de Israel na Faixa de Gaza, denunciou o secretário-geral da entidade, António Guterres, neste domingo (12). O líder também declarou que Israel não protege a população civil no território.
Mais de 11 mil pessoas já morreram durante a guerra contra o Hamas, a maioria mulheres e crianças.
As declarações do secretário-geral da ONU foram criticadas pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Para o premiê, a entidade deveria atacar o Hamas que, segundo ele, foi responsável pelo início da guerra. As declarações foram dadas à CNN.
Os bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza não têm poupado sequer escolas, hospitais, campos de refugiados e até abrigos da ONU. Só na última sexta (10), pelo menos 50 pessoas foram mortas durante ataque a uma escola na Faixa de Gaza que era usada como abrigo pela população civil.
Mais de 1,6 milhão de palestinos já foram obrigados a deixarem suas casas por conta da guerra, que dura cinco semanas. O número representa dois terços da população de quase 2,3 milhões de habitantes.
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Protestos a favor da Palestina

Diante da escalada do conflito em Gaza, diversos protestos a favor da população palestina foram registrados mundo afora. Em Londres, no Reino Unido, mais de 800 mil pessoas tomaram às ruas no sábado (11) e pediram um cessar-fogo imediato, além de ajuda humanitária à população de quase 2,3 milhões de pessoas.
Além do Reino Unido, também foram registrados protestos massivos pró-Palestina em países como Bélgica, Irlanda e África do Sul.
Em Bruxelas, cerca de 45 mil pessoas participaram da marcha que pede um cessar-fogo imediato e o cumprimento do direito internacional por Israel.
Em Tel Aviv, milhares de pessoas pediram a liberação dos quase 240 reféns pelo Hamas, que foram capturados durante os ataques de 7 de outubro ao território israelense. Além disso, os manifestantes são contrários ao governo de Benjamin Netanyahu, que sofre desgaste por conta da intensidade das ofensivas contra o movimento Hamas.
Até os Estados Unidos, principais aliados de Israel, passaram a demonstrar preocupação com o elevado número de mortos. A Organização para Cooperação Islâmica (OCI) e a Liga Árabe promoveram uma reunião também no sábado (11) para discutir o conflito entre Israel e Hamas. Na ocasião, os países admitiram que podem intervir para garantir o fim dos confrontos.
O secretário-geral da OCI, Hissein Brahim Taha, destacou a solidariedade e o "apoio inabalável" demonstrado por todas as nações "ao povo palestino", e também reafirmou o compromisso conjunto com a causa central do grupo: a criação do Estado da Palestina, aprovada pela Assembleia Geral da ONU desde 1947, mas que até hoje não foi efetivada.
Taha pediu um "cessar-fogo imediato, duradouro e completo da atual agressão israelense" contra o povo palestino e a abertura de corredores humanitários para fornecer ajuda e insumos essenciais à Faixa de Gaza de maneira adequada e sustentável.
Com mais de 80% da população na extrema pobreza, a região é uma das mais vulneráveis do mundo e tem índices de desemprego acima de 45%, o que também é resultado do bloqueio israelense, em vigor desde 2007.
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