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Abaixo-assinado de funcionários do governo dos EUA acusa Biden de 'desinformação'

© AFP 2023 / Saul LoebO presidente dos EUA, Joe Biden, atravessa o gramado sul da Casa Branca. Washington, D.C., 13 de novembro de 2023
O presidente dos EUA, Joe Biden, atravessa o gramado sul da Casa Branca. Washington, D.C., 13 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 13.11.2023
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Um documento interno com 100 assinaturas de membros do Departamento de Estado dos Estados Unidos e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) acusa o presidente Joe Biden de "espalhar desinformação" sobre o conflito em Gaza.
Obtido pelo portal Axios, o memorando insta os oficiais sêniores dos Estados Unidos a reexaminarem suas políticas em relação a Israel e a exigirem um cessar-fogo em Gaza. Esse não é o primeiro sinal de que um motim interno acontece entre os funcionários mais jovens do governo Biden.
Segundo o texto, Biden teria disseminado "desinformação" em seu discurso do dia 10 de outubro, em que demonstrou apoio a Israel. Os funcionários também recomendam que o governo dos EUA "defenda a libertação de reféns, tanto pelo Hamas como por Israel", citando "milhares" de palestinos detidos em Israel.
Homem iraniano usa fantasia do Tio Sam com a bandeira de Israel durante manifestação em frente à antiga Embaixada dos EUA, marcando o 44º aniversário da tomada da embaixada por estudantes iranianos militantes, em Teerã, Irã, 4 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.11.2023
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Os servidores foram, contudo, mais críticos quanto às ações de Netanyahu, como cortar a eletricidade, as telecomunicações, deslocar centenas de milhares de palestinos, limitar a entrada de ajuda humanitária e bombardear civis. Para eles, essas ações "constituem crimes de guerra e/ou crimes contra a humanidade sob a lei internacional".

"No entanto, não conseguimos reavaliar a nossa postura em relação a Israel", afirma o memorando. "Dobramos nossa assistência militar inabalável ao [governo israelense] sem limites claros ou realçáveis."

A resposta de Biden quanto ao conflito tem se mostrado um desafio para a liderança do Partido Democrata frente às eleições de 2024. O atual presidente vê sua popularidade cair frente a diferentes segmentos do eleitorado, seja pelas ações em relação a Israel, seja pela insistência em dar continuidade ao auxílio à Ucrânia, cujos cidadãos norte-americanos estão cada vez mais cansados.
Joe Biden, presidente americano, em Illinois. EUA, 6 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2023
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