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Lula sobe tom contra Israel porque EUA não conseguem parar Netanyahu, diz mídia brasileira

© Foto / Ricardo Stuckert / Palácio do PlanaltoPresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Recepção do grupo de brasileiros e familiares resgatados na Faixa de Gaza. Base Aérea de Brasília, 15 de novembro de 2023
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Recepção do grupo de brasileiros e familiares resgatados na Faixa de Gaza. Base Aérea de Brasília, 15 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 15.11.2023
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A diplomacia tem seus limites e vai usar as palavras que lhe são permitidas, mas Lula como líder político tem a chance de falar mais francamente, analisa jornalista brasileiro. Para presidente, o premiê israelense está "fora de controle" e nem mesmo Washington consegue controlá-lo, diz portal de notícias.
Em meio às tratativas para repatriação do grupo de 34 brasileiros que estavam na Faixa de Gaza, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu algumas declarações sobre a guerra entre Israel e Hamas, no entanto, com um tom mais suave. Após a chegada dos brasileiros, o mandatário passou a dizer mais o que pensa.
Ontem (14), Lula disse que "é verdade que houve ataque terrorista do Hamas, mas o comportamento de Israel é igual ao terrorismo".

"A atitude de Israel é igual terrorismo, não tem como dizer outra coisa. Israel, para atacar o monstro, está jogando bombas em crianças. Temos que matar o monstro sem matar as crianças", afirmou o presidente durante o programa Conversa com o Presidente no qual é entrevistado pelo jornalista Marcos Uchôa.

A campanha israelense está sendo apoiada pelos Estados Unidos e seus aliados ocidentais, não só na mídia, como através do envio de armas. Na visão do colunista do UOL, Kennedy Alencar, "Lula sobe o tom contra Israel porque os Estados Unidos não conseguem parar Netanyahu e isso só agrava o conflito".
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, gesticula durante a cerimônia de lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Palácio do Planalto, em Brasília, em 27 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 24.10.2023
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Para o jornalista, Benjamin Netanyahu não dá ouvidos aos democratas norte-americanos e pelo fato de o premiê não ouvir seu maior aliado, Lula pensa que a situação tende a piorar, uma vez que o líder israelense "está fora de controle".

"Netanyahu não ouve [o presidente] Joe Biden, e o [secretário de Estado] Antony Blinken já pediu há alguns dias para Israel dar uma aliviada, mas o governo de Israel não alivia. Isso significa que o maior aliado de Israel não consegue interromper a escalada da guerra [...] Netanyahu não está nem aí para os democratas [...]", afirmou o jornalista.

"A diplomacia tem os limites dela e o Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, vai usar as palavras que a diplomacia permite. Lula é um líder político e tem que ter uma posição política [...]", continuou.
Com esse contexto, o líder brasileiro acredita que a pressão internacional sobre Netanyahu deve aumentar, e por isso, tem elevado o tom sobre as declarações.
"Lula acha que há uma captura do governo pela extrema direita. Netanyahu é o Bolsonaro de Israel e ele falou Estado de Israel porque o Judiciário e o Legislativo não param o massacre que está acontecendo em Gaza. Então, Lula fez a mais grave e mais forte declaração sobre o conflito quando falou da equivalência entre o que o Hamas fez e o que Israel está fazendo", escreve o colunista.
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Ao mesmo tempo, o Palácio do Planalto aposta em mostrar o sucesso da operação de repatriação dos brasileiros, para reforçar a campanha internacional pelo cessar-fogo na Faixa de Gaza, relata a mídia.
Lula também pretende manter o questionamento ao poder de veto por países do Conselho de Segurança da ONU. Por causa dele, o único voto dos Estados Unidos fez ser rejeitada a proposta de paz do Brasil.
Em entrevista nesta quarta-feira (15), o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que os Estados Unidos não querem restringir as ações militares de Israel contra o grupo armado palestino Hamas em Gaza.
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