Não há mais ucranianos dispostos a morrer para 'reconquistar' Crimeia e Donbass, diz ex-ministro
07:40 20.11.2023 (atualizado: 07:44 20.11.2023)
© Sputnik / Stanislav KrasilnikovArtilheiros do Distrito Militar Central das Forças Armadas da Rússia disparam contra as posições das Forças Armadas da Ucrânia com obuseiros rebocados Msta-B de 152 mm, na direção de Krasny Liman, durante operação militar especial, foto publicada em 18 de novembro de 2023
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Os ucranianos não querem morrer para conquistar a Crimeia e Donbass, disse o ex-ministro da Infraestrutura ucraniano, Vladimir Omelyan, em uma entrevista ao jornal The Guardian.
"Se estivermos prontos para enviar outros 300 mil ou 500 mil militares ucranianos para capturar a Crimeia e libertar Donbass, e se conseguirmos o número certo de tanques e F-16 do Ocidente, poderemos fazê-lo. Mas não vejo outras 500 mil pessoas prontas para morrer", ressaltou o ex-ministro da Infraestrutura ucraniano.
Segundo ele, a Ucrânia poderia negociar com a Rússia um cessar-fogo, mas apenas para promover a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e fortalecer seu Exército.
A Rússia indicou repetidamente sua disposição para efetuar negociações de paz, mas a Ucrânia as proibiu por lei. O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, disse na cúpula do G20 ainda em novembro de 2022 que "não haverá Minsk 3". Essas palavras confirmam plenamente a posição de Kiev sobre sua falta de vontade de resolver o conflito pacificamente, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
As Forças Armadas ucranianas conduzem uma contraofensiva nas regiões a sul de Donetsk, Artyomovsk e Zaporozhie há seis meses, lançando nas batalhas brigadas treinadas pela OTAN e armadas com equipamentos estrangeiros. Mas elas não conseguiram obter sucesso em nenhuma das seções do front.
А contraofensiva das Forças Armadas da Ucrânia não está apenas estagnada, ela falhou completamente, disse o presidente russo Vladimir Putin. A Ucrânia perdeu 90 mil militares em suas tentativas de "alcançar resultados a qualquer custo", como se "esse não fosse o seu povo", de acordo com Putin.