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Após carta de Xi Jinping, Milei suaviza tom com China; Reino Unido manda recado sobre Ilhas Malvinas

© AFP 2023 / Luis RobayoEntão candidato presidencial do partido La Libertad Avanza, Javier Milei, durante o debate presidencial na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA), em 12 de novembro de 2023
Então candidato presidencial do partido La Libertad Avanza, Javier Milei, durante o debate presidencial na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA), em 12 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 23.11.2023
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Com fortes repercussões em torno de sua eleição, o economista Javier Milei, que tomará posse no próximo dia 10 de dezembro, vem modificando a retórica em relação a líderes ou países que atacou durante a campanha.
Em uma postagem no X (antigo Twitter), Milei agradeceu ontem (22) a carta enviada pelo presidente da China, Xi Jinping, após sua vitória nas eleições e suavizou o tom das críticas feitas à liderança chinesa durante a corrida eleitoral.
"Agradeço ao presidente Xi Jinping as felicitações e votos de felicidades que me enviou através da sua carta. Envio-lhe os meus mais sinceros votos de bem-estar ao povo da China", afirmou o recém-eleito presidente.
Durante sua campanha, Milei foi duro em declarações sobre Pequim dizendo que não continuaria a parceria comercial da Argentina com os chineses: "Você faria comércio com um assassino?", disse o economista em agosto ao se referir à China.
Nesta semana, o país asiático pediu ao futuro presidente que reconsidere seu posicionamento e afirmou que seria um "grave erro cortar as relações com Brasil e China".
Sobre o Brasil, Milei também mudou um pouco sua retórica. Apesar de ter chamado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "ladrão" e "corrupto" e ter convidado o ex-presidente, Jair Bolsonaro, para sua posse, o economista disse ontem (22) que "se Lula quiser vier à minha posse será bem-vindo. Ele é o presidente do Brasil".
No entanto, acredita-se que mesmo com o "convite" Lula não deve comparecer, disse um dos ministros de seu governo ouvido em anonimato pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (23).
Também durante a campanha, Milei verbalizou sua vontade de reaver as Ilhas Malvinas na arrastada disputa com o Reino Unido.
O economista disse que os argentinos perderam a guerra e a população precisa fazer "todos os esforços para recuperar as ilhas pelos canais diplomáticos": "Óbvio que eu vou defender as Malvinas", declarou o futuro presidente segundo o jornal O Globo.
Veterano da Guerra das Malvinas com camisola retratando as Ilhas Malvinas segura medalha durante partida de futebol no Estádio La Bombonera, Buenos Aires, Argentina, 2 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 28.09.2023
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No entanto, com o posicionamento do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, o sucesso de Milei no tema parece improvável, relata a mídia.
Na segunda-feira (20), Sunak felicitou Javier Milei pela vitória, mas lembrou que a disputa entre os dois países pela soberania das Ilhas Malvinas "é uma questão resolvida".
"Não vi os comentários mais recentes sobre isso [Malvinas]. Acho que [Milei] levantou vários pontos diferentes sobre isso durante a campanha. Da nossa parte, é obviamente uma questão que está resolvida há algum tempo. Não há planos para rever isso. A posição das Ilhas Malvinas está resolvida há algum tempo e não vai mudar", afirmou Sunak.
Buenos Aires chegou a ter posse do arquipélago por dois meses, mas em julho de 1982 Londres recuperou o controle do pedaço que tinha desde 1833.
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