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COP28: Lula cobra países ricos e diz que 'basta de discurso vazio, precisamos de atitude concreta'
COP28: Lula cobra países ricos e diz que 'basta de discurso vazio, precisamos de atitude concreta'
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Presidente discursou na sessão de alto nível da conferência do clima COP28 em Dubai nesta sexta-feira (1º). Como feito em outros momentos, Lula cobrou dos... 01.12.2023, Sputnik Brasil
2023-12-01T10:22-0300
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Diante de uma plateia de 160 líderes mundiais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "2023 já é o ano mais quente dos últimos 125 mil anos" e que o "planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos", relata o jornal O Globo.O chefe de Estado brasileiro também indagou a plateia do porquê que o mundo gastou trilhões de dólares em armas, quando poderia ter usado a imensa verba para combater a mudança climática."Somente no ano passado, o mundo gastou mais de US$ 2,224 trilhões [R$ 10,9 trilhões] em armas. Quantia que poderia ser investida no combate à fome e no enfrentamento da mudança climática. Quantas toneladas de carbono são emitidas pelos mísseis que cruzam o céu e desabam sobre civis inocentes, sobretudo crianças e mulheres famintas?", indagou.Ao mesmo tempo, Lula frisou que "a conta da mudança climática não é a mesma para todos e chegou primeiro para as populações mais pobres"."O 1% mais rico do planeta emite o mesmo volume de carbono que 66% da população mundial. [...] A injustiça que penaliza as gerações mais jovens é apenas uma das faces das desigualdades que nos afligem. [...] A injustiça que penaliza as gerações mais jovens é apenas uma das faces das desigualdades que nos afligem [...] Quem passa fome tem sua existência aprisionada na dor do presente. E torna-se incapaz de pensar no amanhã", refletiu.O presidente também afirmou ser "inexplicável que a ONU, apesar de seus esforços, se mostre incapaz de manter a paz, simplesmente porque alguns dos seus membros lucram com a guerra".Sobre o Brasil, o mandatário disse que o país "está disposto a liderar pelo exemplo", ao citar que o Brasil ajustou suas metas climáticas, "que são hoje mais ambiciosas do que as de muitos países desenvolvidos"."Reduzimos drasticamente o desmatamento na Amazônia e vamos zerá-lo até 2030. Formulamos um plano de transformação ecológica, para promover a industrialização verde, a agricultura de baixo carbono e a bioeconomia. Forjamos uma visão comum com os países amazônicos e criamos pontes com outros países detentores de florestas tropicais."A COP28 começou ontem (30) e vai até o dia 12 de dezembro. O evento que reúne diversas lideranças mundiais para discutir iniciativas ao combate do aquecimento global e mudança climática está sendo hospedado este ano pelos Emirados Árabes Unidos (EAU). O presidente dos EAU, Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, anunciou nesta sexta-feira (30) o estabelecimento de um fundo climático de US$ 30 bilhões (R$ 147 bilhões) que visa atrair US$ 250 bilhões (R$ 1,2 trilhão) em investimentos até o final da década para colmatar lacuna financeira climática, segundo a Nasdaq.
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luiz inácio lula da silva, amazônia, dubai, onu, emirados árabes unidos, meio ambiente, mudança climática
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COP28: Lula cobra países ricos e diz que 'basta de discurso vazio, precisamos de atitude concreta'
10:22 01.12.2023 (atualizado: 11:12 01.12.2023) Presidente discursou na sessão de alto nível da conferência do clima COP28 em Dubai nesta sexta-feira (1º). Como feito em outros momentos, Lula cobrou dos países ricos o cumprimento de promessas financeiras para ajudar países pobres a combater mudanças climáticas.
Diante de uma plateia de
160 líderes mundiais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "
2023 já é o ano mais quente dos últimos 125 mil anos" e que o "planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos",
relata o jornal O Globo.
"O não cumprimento dos compromissos assumidos corrói a credibilidade do regime. A ciência e a realidade nos mostram que desta vez a conta chegou antes. O planeta já não espera para cobrar da próxima geração. O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos. De metas de redução de emissão de carbono negligenciadas. Do auxílio financeiro aos países pobres que não chega. De discursos eloquentes e vazios. Precisamos de atitudes concretas", afirmou o mandatário.
O chefe de Estado brasileiro também indagou a plateia do porquê que o mundo gastou trilhões de dólares em armas, quando poderia ter usado a imensa verba para combater a mudança climática.
"Somente no ano passado, o mundo gastou mais de
US$ 2,224 trilhões [R$ 10,9 trilhões] em armas. Quantia que
poderia ser investida no combate à fome e no enfrentamento da mudança climática. Quantas toneladas de carbono são emitidas pelos mísseis que cruzam o céu e desabam sobre civis inocentes, sobretudo crianças e mulheres famintas?", indagou.
Ao mesmo tempo, Lula frisou que "a conta da mudança climática não é a mesma para todos e chegou primeiro para as populações mais pobres".
"
O 1% mais rico do planeta emite o mesmo volume de carbono que 66% da população mundial. [...] A injustiça que penaliza as gerações mais jovens é apenas uma das faces das desigualdades que nos afligem. [...] A injustiça que penaliza as gerações mais jovens é apenas uma das faces das desigualdades que nos afligem [...] Quem
passa fome tem sua existência aprisionada na dor do presente. E torna-se incapaz de pensar no amanhã", refletiu.
O presidente também afirmou ser "inexplicável que a ONU, apesar de seus esforços, se mostre incapaz de manter a paz, simplesmente porque alguns dos seus membros lucram com a guerra".
"É lamentável que acordos como o Protocolo de Kyoto [1997] ou os Acordos de Paris [2015] não sejam implementados. Governantes não podem se eximir de suas responsabilidades. Nenhum país resolverá seus problemas sozinho. Estamos todos obrigados a atuar juntos além de nossas fronteiras."
Sobre o Brasil, o mandatário disse que o país "
está disposto a liderar pelo exemplo", ao citar que o Brasil ajustou suas metas climáticas, "que são hoje mais ambiciosas do que as de muitos países desenvolvidos".
"Reduzimos drasticamente o
desmatamento na Amazônia e vamos zerá-lo até
2030. Formulamos um plano de transformação ecológica, para promover a industrialização verde, a agricultura de baixo carbono e a bioeconomia.
Forjamos uma visão comum com os países amazônicos e criamos pontes com outros países detentores de florestas tropicais."
A
COP28 começou ontem (30) e vai até o dia 12 de dezembro. O evento que reúne diversas lideranças mundiais para discutir iniciativas ao combate do aquecimento global e mudança climática está sendo hospedado este ano pelos
Emirados Árabes Unidos (EAU).
O presidente dos EAU,
Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, anunciou nesta sexta-feira (30) o estabelecimento de um fundo climático de
US$ 30 bilhões (R$ 147 bilhões) que visa atrair
US$ 250 bilhões (R$ 1,2 trilhão) em investimentos até o final da década para colmatar lacuna financeira climática,
segundo a Nasdaq.