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Após reunião com Lula, Macron afirma ser contra acordo UE-Mercosul e petista rebate: 'Protecionista'

© Foto / Palácio do Planalto / Ricardo StuckertPresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Reunião com o Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, na Expo Dubai, 2 de dezembro de 2023
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Reunião com o Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, na Expo Dubai, 2 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 02.12.2023
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Declarações de Macron causam revés ao governo Lula, uma vez que o Brasil expressou algumas vezes sua vontade em fechar o acordo enquanto ocupa a presidência rotativa do Mercosul. Na visão do líder francês, o "acordo é completamente contraditório".
Neste sábado (2), após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu homólogo francês, Emmanuel Macron, disse ser contra o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul argumentando que o mesmo "não é bom para nenhum dos lados".
Em conversa com jornalistas, Macron chamou o acordo de antiquado e "mal remendado". O presidente francês disse ainda que a versão atual é contraditória com políticas e ambições ambientais do Brasil, segundo o portal G1.

"Sou contra o acordo Mercosul-UE, porque acho que é um acordo completamente contraditório com o que ele [Lula] está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo, porque é um acordo que foi negociado há 20 anos, e que tentamos remendar. [...] Não leva em conta a biodiversidade e o clima dentro dele. É um acordo comercial antiquado que desmantela tarifas", disse.

O líder francês também enfatizou que é preciso pensar em um acordo mais "geoestratégico".
"Devemos pensar num acordo que seja muito mais geoestratégico, muito mais consistente com as nossas estratégias e não mexer num acordo à moda antiga. É por isso que não sou a favor deste acordo. Porque hoje não sei como explicar este acordo a um agricultor, a um produtor de aço, a um fabricante de cimento francês ou europeu", afirmou.
Nesta semana, o Itamaraty disse que as negociações entre Mercosul e o bloco europeu avançaram, conforme noticiado. Mas as declarações de Macron, que lidera um dos mais importantes países da UE, jogam dúvidas no progresso das tratativas.
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No entanto, Lula disse que entendia a reação do líder europeu e que cada um tinha o direito de defender seu ponto de vista, mas citou o histórico protecionista da França.
"Cada país tem o direito de ter uma posição. A França sempre foi o país mais duro para se fazer acordos, porque a França é mais protecionista. Não é a mesma posição da União Europeia", ressaltou.
Lula também se encontrou com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante a COP28 e após o encontro, von der Leyen publicou em sua conta no X (antigo Twitter) que a União Europeia "está empenhada em concretizar esse acordo".
Obrigado por sua liderança, Lula, na luta contra as alterações climáticas e num acordo UE-Mercosul. A UE está empenhada em concretizar este acordo. Desejo-lhe um início de sucesso da sua presidência do G20. Pode contar com o apoio da UE
Em 28 de junho de 2019 o tratado foi assinado, entretanto, precisa ser ratificado pelos Congressos dos países do Mercosul e pelo Parlamento Europeu no âmbito econômico e os itens políticos do tratado terão de ser votados pelo poder Legislativo de cada país.
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