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Descoberta do telescópio James Webb torna área do centro da Via Láctea ainda mais misteriosa (FOTO)

© Foto / NASA / ESA / Hubble Nebulosa do Véu
Nebulosa do Véu - Sputnik Brasil, 1920, 05.12.2023
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Uma nebulosa gélida e escura descoberta perto do centro da nossa galáxia está adensando o mistério de saber por que essa nuvem não está formando estrelas.
O Telescópio Espacial James Webb (JWST) detectou uma abundância de gelo de monóxido de carbono em uma nuvem gigante de gás molecular, apelidada de "Tijolo", que fica perto do centro da Via Láctea.
A nuvem tem a designação oficial de G0.253 0.016 e se situa na área que os astrônomos chamam de Zona Molecular Central, uma enorme aglomeração de nebulosas que totaliza 60 milhões de vezes a massa do nosso Sol, avança Space.com.
Normalmente, nestas regiões ocorre o processo de formação estelar de forma ativa. Mas o Tijolo recebeu o seu nome porque é uma laje escura contra a fornalha do Centro Galáctico. Continua sendo um mistério o porquê desta nebulosa não estar formando estrelas. Uma possível explicação para isso é que esta nuvem é muito jovem e não teve tempo para formar estrelas. Outra explicação é que o gás dentro da nebulosa é muito turbulento, ou suportado por campos magnéticos que impedem a formação de estrelas.
© Foto / Ginsburg et al/The Astrophysical Journal.Imagem de campo de visão completa da nebulosa de G0.253 0.016 com subtração de estrelas
Imagem de campo de visão completa da nebulosa de G0.253 0.016 com subtração de estrelas - Sputnik Brasil, 1920, 05.12.2023
Imagem de campo de visão completa da nebulosa de G0.253 0.016 com subtração de estrelas
O monóxido de carbono congelado descoberto pelo JWST torna esta região da galáxia ainda mais misteriosa. O monóxido de carbono na forma de gelo havia sido encontrado anteriormente no centro da Via Láctea, uma vez que ele se condensa em partículas de poeira. No entanto, em um ambiente interestelar, geralmente é difícil encontrá-lo, então os cientistas não sabiam quanto gelo poderia haver nas nebulosas no centro da galáxia.
É por isso que os astrônomos liderados por Adam Ginsburg da Universidade da Flórida ficaram surpresos quando a Câmera de Infravermelho Próximo (NIRCam) da JWST detectou tanta quantidade desta substância.
"Nossas observações demonstram convincentemente que o gelo é muito prevalente lá, a ponto de que cada observação no futuro deve levá-lo em conta", disse Ginsburg em um comunicado.
De acordo com a equipe, o próximo passo é usar o JWST para descobrir quais outros tipos de gelo podem ser encontrados na nebulosa e outras nebulosas próximas no Centro Galáctico.
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