Mídia britânica: discursos de Zelensky não convencem mais sua equipe nem militares
21:00 11.12.2023 (atualizado: 08:35 12.12.2023)
© AP Photo / Virginia MayoPresidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky durante conferência de imprensa com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, antes de reunião dos ministros da Defesa da OTAN, na sede da aliança militar. Bruxelas, Bélgica, 11 de outubro de 2023
© AP Photo / Virginia Mayo
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As mensagens positivas diárias do presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, não parecem mais convencer os cidadãos nem suas tropas, que percebem que as palavras otimistas do presidente estão distantes da realidade.
Fontes familiarizadas com a estratégia de comunicação de Zelensky informaram ao Financial Times que o propósito dessas mensagens é manter o otimismo dentro e fora do país, e que existe uma política de comunicação aplicada a todos os níveis do Estado, incluindo uma censura rigorosa às más notícias, como o número de baixas ucranianas ou o sucesso das tropas russas.
11 de dezembro 2023, 18:33
"No entanto, com os modestos avanços militares da Ucrânia neste ano e o apoio vacilante do Ocidente, a estratégia de comunicação está gerando uma divisão entre a administração presidencial e a liderança militar, de acordo com oficiais militares, ex-funcionários presidenciais e estrategistas militares", destaca a publicação.
Além dessa divisão dentro do governo e das Forças Armadas, os adversários políticos começaram a criticar abertamente o presidente, enquanto os líderes militares argumentam que a discrepância entre as mensagens oficiais e a situação real já não é convincente e, portanto, não motiva os ucranianos ou os parceiros ocidentais do país a avançar.
Irina Zolotar, conselheira de comunicação que colaborou com o ex-ministro da Defesa ucraniano Aleksei Reznikov, destacou à publicação que a estratégia que simula o domínio do otimismo também é confusa fora da Ucrânia, deixando o público ocidental questionando por que deveriam contribuir para a ajuda se o aliado na Europa Oriental está sempre "prestes a vencer".