Tropas israelenses bombardearam o Líbano com fósforo branco fornecido pelos EUA, diz mídia
15:33 11.12.2023 (atualizado: 17:00 11.12.2023)
© AP Photo / Hussein MallaProjéteis que parecem ser de fósforo branco da artilharia israelense explodem sobre Dahaira, uma vila libanesa na fronteira com Israel, no sul do Líbano. Líbano, 16 de outubro de 2023
© AP Photo / Hussein Malla
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As Forças de Defesa de Israel (FDI) supostamente bombardearam o Líbano com bombas tóxicas adquiridas dos EUA pelo menos uma vez no mês passado.
Ver tropas das FDI disparando através da fronteira contra alvos no Líbano está longe de ser algo incomum, especialmente no meio da escalada em curso do conflito israelo-palestino. No entanto, um matéria recente afirmou que Tel Aviv não teve escrúpulos em usar munições de fósforo branco em tais ataques no mês de outubro.
De acordo com o The Washington Post, restos de três projéteis de artilharia de 155 mm disparados contra a aldeia de Dahaira, no sul do Líbano, não muito longe da fronteira libanesa-israelense, foram encontrados por um de seus jornalistas.
As três bombas de fósforo branco teriam sido disparadas pelas forças israelenses em Dahaira no dia 16 de outubro, durante um ataque que mais tarde foi apelidado de "noite negra" pelos moradores locais e que resultou em pelo menos nove pessoas feridas e pelo menos quatro residências "incineradas".
O ataque envolveu a artilharia israelense lançando munições de fósforo branco em Dahaira durante toda a noite, com o jornal questionando o movimento, uma vez que "a fumaça teria pouca utilidade prática à noite e não havia tropas israelenses no lado libanês da fronteira para mascarar com cortinas de fumaça".
O material bélico em questão seria aparentemente as munições M825, geralmente usadas para criar cortinas de fumaça ou para marcar alvos. As bombas foram produzidas e fornecidas a Israel pelos Estados Unidos, embora não tenha ficado imediatamente claro se foram fornecidas às forças israelenses antes ou depois do início da crise na Faixa de Gaza, em 7 de outubro.
Embora tais projéteis tenham "utilização legítima no campo de batalha", o seu conteúdo pode causar "queimaduras potencialmente fatais e danos respiratórios", e a sua utilização "perto de áreas civis pode ser proibida pelo direito humanitário internacional", observou o jornal.