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'Não haverá mais entregas de armas para Kiev' com novo governo dos Países Baixos, diz analista

© AP Photo / Efrem LukatskyMembros do Batalhão Siberiano de etnia russa pró-ucraniana praticam durante treinamento militar perto de Kiev, Ucrânia, 13 de dezembro de 2023
Membros do Batalhão Siberiano de etnia russa pró-ucraniana praticam durante treinamento militar perto de Kiev, Ucrânia, 13 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 17.12.2023
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O novo governo dos Países Baixos não vai enviar mais armas para a Ucrânia, afirmou o jornalista e analista político holandês Ab Gitelink, à Sputnik. No entanto, o primeiro-ministro do país, Mark Rutte, avisou que "não iria a Bruxelas" com uma proposta para cortar a ajuda a Kiev e ameaçou dissolver o governo se fosse forçado a fazê-lo.
O líder do Partido da Liberdade, de direita (PVV, na sigla em holandês), vencedor das eleições parlamentares holandesas, Geert Wilders, na sua primeira entrevista após a sua vitória, reiterou sua oposição ao fornecimento de armas à Ucrânia.

"Houve um debate no parlamento holandês sobre a nova ajuda à Ucrânia. [Geert] Wilders falou sobre a necessidade de cortá-la. [O primeiro-ministro Mark] Rutte ficou tão zangado que disse que não iria a Bruxelas com uma mensagem como essa, e que "se o forçassem, ele dissolveria todo o governo. Ouvir isso foi surpreendente. Rutte está tão apegado a esta guerra que parece que trabalha para a Ucrânia e não para os Países Baixos", disse Ab Gitelink.

Na opinião do analista, o novo governo holandês vai deixar de enviar armas para a Ucrânia.

"Seguiremos ajudando a Ucrânia, mas de outra forma, não com armas. Os novos partidos majoritários no parlamento nem sequer levantaram a questão de novos fundos para armas. E o fato de Rutte estar furioso significa que ele percebe que isso é exatamente o que vai acontecer: não haverá entregas de armas para Kiev", afirma o especialista.

Em 22 de novembro passado, nos Países Baixos foram realizadas eleições parlamentares antecipadas, com a participação de 26 partidos políticos. A participação eleitoral foi de 77,7%. O partido de direita PVV, liderado por Geert Wilders, que se opunha às sanções contra a Rússia e ao fornecimento de armas à Ucrânia, venceu as eleições. Seu partido obteve o maior número de lugares na Câmara dos Deputados, com 37 das 150 cadeiras.
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