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Aliados árabes dificultam resposta dos EUA a ataques houthis

© AP Photo / Hani MohammedRebelde houthi segura arma em Sanaa, capital do Iêmen, em 20 de fevereiro de 2020
Rebelde houthi segura arma em Sanaa, capital do Iêmen, em 20 de fevereiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 18.12.2023
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Washington está enfrentando dificuldades para forjar uma resposta adequada aos ataques houthis a embarcações no mar Vermelho, afirmou a Bloomberg, citando fontes familiarizadas com o assunto.
Os motivos seriam as opiniões contrárias de seus aliados na região, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, afirmou a publicação, que teriam posicionamentos opostos em como lidar com o grupo que controla o norte do Iêmen.
Atualmente os Estados Unidos estão pensando em responder militarmente aos houthis, que têm frequentemente disparado contra embarcações na região, sejam militares ou de comércio. É esperado que Lloyd Austin, chefe do Pentágono, anuncie o início de uma operação ainda nesta semana para lidar com o grupo militar.
No entanto, segundo a Bloomberg, o governo dos EUA está mais interessado em resolver o problema através da diplomacia. Essa opinião é compartilhada pela Arábia Saudita, que teme que novos atos beligerantes ponham fim à trégua alcançada na guerra civil do Iêmen.
Escrita em língua árábe - Sputnik Brasil, 1920, 18.12.2023
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os Emirados Árabes pedem uma resposta mais incisiva por parte dos Estados Unidos, desejando que respondam militarmente e que classifiquem os houthis como terroristas.
Os EUA estariam em contato com o governo houthi através de intermediários de Omã. Os contatos foram confirmados por um porta-voz do grupo rebelde. No entanto, o grupo mantém sua posição de continuar os ataques até o fim das ações militares israelenses em Gaza.
Graças a seu controle sobre o norte do Iêmen, os houthis têm posição privilegiada na entrada do mar Vermelho, que dá acesso ao canal de Suez, no Egito. Isso fez com que o preço dos seguros das embarcações crescesse exponencialmente nas últimas semanas.
Algumas empresas de navegação já redirecionaram seus navios de modo a não passar pela região. A Mediterranean Shipping Company (MSC), maior empresa de contêineres do mundo, anunciou que seus navios vão passar a fazer a rota do cabo da Boa Esperança, na África do Sul. Isso vai aumentar os custos dos fretes ao redor do mundo, uma vez que o caminho é bem mais longo.
A dinamarquesa Maersk e a francesa CMA CGM também anunciaram que vão evitar passar pelo mar Vermelho, enquanto a Orient Overseas Container Line (OOCL), com sede em Hong Kong, parou de aceitar cargas de e para Israel até o fim do ano, devido a "problemas operacionais".
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