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Angola anuncia saída da OPEP

© AP Photo / Lisa LeutnerLogotipo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em sua sede, em Viena. Áustria, 3 de março de 2022
Logotipo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em sua sede, em Viena. Áustria, 3 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.12.2023
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A Angola anunciou nesta quinta-feira (21) que está saindo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) por discordar das cotas de produção do próximo ano. Segundo o ministro de Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, não foi uma decisão fácil, mas estar no quadro do grupo não atendia mais aos interesses do país africano.
Fundada em 1960, a OPEP funciona como um cartel dos países com maiores produções de petróleo do mundo. Graças a seu controle do mercado, a organização determina a quantidade de barris que devem ser produzidos pelos países-membros e a que preço serão vendidos no mercado, influenciando também os das demais nações.
Em novembro, o grupo anunciou um corte na produção para 2024. Para a Angola foi definida uma cota de produção de 1.110.000 de barris de petróleo bruto por dia, contrariando a proposta da nação de 1.180.000 de barris de petróleo bruto por dia.
"Se continuássemos na OPEP… a Angola seria forçada a cortar a produção, e isso vai contra a nossa política de evitar o declínio e de respeitar os contratos", disse Azevedo em entrevista à emissora estatal TPA.
"Achamos que chegou a hora de o nosso país estar mais focado nos nossos objetivos".
Logo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 04.12.2023
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Azevedo já havia defendido uma saída da organização, em janeiro de 2021. O ministro já havia avisado que "se sentirmos que nossa presença na OPEP é prejudicial ao país, somos patriotas o suficiente para sair." A decisão, formalizada através de um decreto do presidente João Lourenço, marca o fim de 16 anos da Angola como membro.
Com a Nigéria, os países são os dois maiores produtores de petróleo da África. O país do oeste africano também expressou insatisfação com sua cota de produção para o próximo ano.
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