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Um ano dos ataques em Brasília: Dino anuncia cerimônia em 8 de janeiro para celebrar a democracia

© Marcelo Camargo/Agência BrasilManifestantes bolsonaristas durante a invasão das sedes dos três Poderes. Brasília (DF), 8 de janeiro de 2023
Manifestantes bolsonaristas durante a invasão das sedes dos três Poderes. Brasília (DF), 8 de janeiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 21.12.2023
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A data marca os ataques aos edifícios dos três Poderes em Brasília, quando militantes bolsonaristas e grupos criminosos depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. Além de vidraças e móveis, foram destruídos obras de arte e objetos históricos.
Para reforçar os compromissos com a democracia, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que na última semana teve o nome aprovado como ministro do STF, anunciou nesta quinta-feira (21) que o governo vai promover um evento na mesma data, em 8 de janeiro de 2024.
O ato vai ser realizado no Senado Federal, a partir das 15h00, e contará com a presença dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Dino fez um balanço do trabalho à frente da pasta nos últimos 12 meses, e a expectativa é que ele deixe o ministério entre os dias 10 e 12 de janeiro, para assumir na sequência o posto no STF. O nome que vai suceder o socialista no ministério ainda não foi anunciado pelo presidente Lula.
Conforme Dino, conter os ataques às instituições em Brasília foi um dos maiores desafios da sua carreira política, quando disse ter ficado mais de 12 horas em pé. Cerca de 70 pessoas ainda seguem presas.
"Todos têm o direito de trafegar à direita ou à esquerda na avenida, mas ninguém tem o direito de destruir a avenida", declarou.
Flávio Dino durante sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal. Brasília, 13 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.12.2023
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Sabatina no Senado: oposição sai 'desmoralizada' e fez papel de aprendiz de Dino, diz analista

Ministério não será dividido

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), garantiu nesta semana que o presidente Lula não desmembrará o Ministério da Justiça e Segurança Pública com a saída de Flávio Dino.
Wagner informou que Lula ainda não definiu quem substituirá o ministro. "Perguntei objetivamente, e ele já me disse que não pretende dividir. O presidente da República não vai nomear alguém por pressão", disse o líder a jornalistas.
A possibilidade de "desmembrar" as pastas e garantir dois indicados, um do PSB e outro do PT, foi cogitada por Lula no fim de outubro, durante uma live semanal, em que ele disse que estava pensando em criar o Ministério da Segurança Pública.
Alguns nomes foram cogitados para assumir o ministério, como o da senadora Gleisi Hoffmann, o do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, o do secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, o do ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski e o da senadora Simone Tebet.
Eliziane Gama durante sessão da CPI dos atos de 8 de janeiro. Brasília (DF), 25 de maio de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 17.10.2023
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Relatora da CPI dos atos de 8 de janeiro pede indiciamento de Bolsonaro

Atentado contra a democracia foi alvo de CPMI

A comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro aprovou em outubro o seu relatório final, apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA). O documento solicitou o indiciamento de 61 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelos crimes de associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
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