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Um dispositivo nuclear poderia impedir um asteroide de colidir com a Terra?

© Foto / NASAImagem de uma animação em vídeo fornecida pela NASA mostra a espaçonave Lucy se aproximando de um asteroide
Imagem de uma animação em vídeo fornecida pela NASA mostra a espaçonave Lucy se aproximando de um asteroide - Sputnik Brasil, 1920, 25.12.2023
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Pesquisadores criam dispositivo que simula um impacto de disparo nuclear contra um asteroide no intuito de desviar a rota do corpo celeste ou parti-lo em pequenos fragmentos.
Pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LNLL), dos Estados Unidos, criaram uma ferramenta que simula o que aconteceria se um disparo nuclear atingisse a superfície de um asteroide.
A simulação tem como objetivo analisar o potencial uso da ferramenta como proteção contra corpos celestes que entrassem em rota de colisão com a Terra.
Com a avaliação, será possível compreender como a radiação de uma explosão nuclear poderia interagir com a superfície de um asteroide e como a dinâmica das ondas de choque afetariam o interior do corpo celeste.
No ano passado, cientistas da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (NASA) realizaram a bem-sucedida missão do Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo (DART, na sigla em inglês), que colidiu deliberadamente contra uma sonda espacial, de modo a alterar sua rota para colidir contra um asteroide, desviando a rota do corpo celeste.
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No entanto, cientistas continuam a explorar o desvio nuclear como alternativa viável às missões de impacto cinético, que tem capacidade limitada relativa à massa a ser transportada para o espaço.
Segundo a pesquisadora Mary Burkey, do LNLL, que coordenou a pesquisa, o modelo criado pelo laboratório considera uma ampla gama de questões, que inclui porosidade da superfície, fluência de radicação e ângulos de incidência.
De acordo com a pesquisadora, se um asteroide estivesse vindo em direção à Terra e houvesse tempo suficiente, um dispositivo nuclear poderia ser lançado ao espaço, a milhões de quilômetros de distância, em direção ao corpo celeste.
"Então, detonaríamos o dispositivo e desviaríamos o asteroide, mantendo-o intacto, mas proporcionando um impulso controlado para longe da Terra. Ou poderíamos partir o asteroide em pequenos fragmentos, que também não alcançariam o planeta", explica a pesquisadora.
A pesquisa relativa ao experimento foi publicada na revista científica Planetary Science Journal. A pesquisadora Megan Bruck Syal, que dirige o projeto de defesa planetária do LNLL, ressaltou que, embora sejam remotas as chances de um asteroide colidir com a Terra durante a existência de vida humana no planeta, a pesquisa atual é importante para fornecer dados que possam prevenir impactos, proteger infraestruturas essenciais e salvar vidas.
"Embora a probabilidade de um grande impacto de asteroide durante a nossa vida seja baixa, as consequências potenciais podem ser devastadoras", disse a pesquisadora.
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