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Aliados dos EUA mostram pouco entusiasmo pela operação anti-houthis no mar Vermelho, diz mídia

© AFP 2023 / Alberto PizzoliBarco de mísseis da Marinha israelense patrulha mar Vermelho na costa da cidade portuária de Eilat. Israel, 26 de dezembro de 2023
Barco de mísseis da Marinha israelense patrulha mar Vermelho na costa da cidade portuária de Eilat. Israel, 26 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 28.12.2023
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Os parceiros de Washington não estão totalmente de acordo com sua liderança em relação à missão marítima para responder militarmente ao grupo militante, escreve a Reuters.
A nova força marítima, proposta por Joe Biden para responder aos ataques de houthis no mar Vermelho, enfrenta dificuldades de reunir participantes, relata na quinta-feira (28) a agência britânica Reuters.
O Pentágono afirma que a força, chamada Operação Prosperity Guardian, é uma coalizão defensiva de mais de 20 países para garantir que o comércio possa fluir livremente através do mar Vermelho, um estreito ponto de passagem vital para a navegação mundial. A UE sinalizou o seu apoio à força-tarefa marítima com uma declaração conjunta que condenava os ataques houthis. No entanto, apenas foram anunciados os nomes de 12 Estados participantes.
Assim, quase metade desses países se recusou a falar de sua contribuição ou permitiu que os EUA o fizessem. As contribuições podem variar, desde o envio de navios de guerra até o simples envio de um oficial da equipe. A Itália e a Espanha, dois dos aliados europeus dos Estados Unidos que foram listados como participantes, emitiram declarações que parecem se distanciar da força marítima.
O Ministério da Defesa da Itália disse que enviaria um navio para o mar Vermelho atendendo a pedidos de proprietários de navios italianos e não como parte da operação dos EUA. A França explicou que apoia os esforços para garantir a liberdade de navegação no mar Vermelho, mas que seus navios permaneceriam sob o comando francês.
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Enquanto isso, a Espanha afirmou que não participará da Operação Prosperity Guardian, e que se opõe a uma missão antipirataria existente na UE, a Atalanta, para proteger a navegação no mar Vermelho. No entanto, o primeiro-ministro Pedro Sánchez afirmou na quarta-feira (28) poder considerar a criação de uma missão diferente para enfrentar a questão.
"Os governos europeus estão muito preocupados com a possibilidade de que parte de seu eleitorado potencial se volte contra eles", explicou David Hernández, professor de relações internacionais da Universidade Complutense de Madri, Espanha, e notou que o público europeu está cada vez mais crítico em relação a Israel e desconfiado de ser arrastado para um conflito.
Já a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos declararam que não participariam da missão.
A relutância de alguns aliados dos EUA em participarem da ação reflete, em parte, as fissuras criadas pelo conflito em Gaza, com o presidente dos EUA mantendo um apoio firme a Israel, mesmo com o crescimento das críticas internacionais sobre sua ofensiva, que, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, já matou mais de 21.000 palestinos. No mesmo período, perderam a vida cerca de 1.400 israelenses.
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