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Israel pretende realocar pelo menos 100 mil pessoas de Gaza para o Egito, diz fonte à Sputnik

© AFP 2023 / Jack GuezUma foto tirada de uma posição no sul de Israel, ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, mostra tropas mantendo posição, em 29 de dezembro de 2023
Uma foto tirada de uma posição no sul de Israel, ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, mostra tropas mantendo posição, em 29 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 29.12.2023
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Há um tempo vem sendo divulgado que o governo israelense tem planos para realocar pessoas para Estados vizinhos. Segundo fonte, a primeira "leva" dessas pessoas seria de 100 mil. Comboio humanitário da ONU foi bombardeado hoje (29) em local que o Exército israelense traçou como rota segura.
O governo israelense planeja realocar um número significativo de palestinos da Faixa de Gaza para o Egito sob o pretexto de garantir sua segurança, disse uma fonte informada sobre o assunto à Sputnik.
"De acordo com a informação disponível, o governo israelense está planejando realocar um número significativo de palestinos da Faixa de Gaza para o Egito, sob o pretexto de garantir a sua segurança durante a fase ativa da operação militar e da reconstrução pós-conflito do enclave", disse a fonte.
A primeira etapa poderia incluir a realocação de pelo menos 100 mil pessoas para o território de um Estado vizinho.
"Para garantir o consentimento de Cairo, que atualmente se opõe categoricamente a tal cenário, pretende-se envolver os Estados Unidos", disse a fonte, acrescentando que em troca do consentimento do Egito, Washington promete financiar a construção e operação de campos de refugiados.
Ao longo da campanha militar israelense em Gaza diversos meios de comunicação, assim como a relatora das Nações Unidas, Francesca Albanese, disseram que o objetivo final de Tel Aviv é "empurrar" os palestinos para o território egípcio.
Forças de Defesa de Israel durante ataque a prédio em operação por terra das brigadas armadas. Faixa de Gaza, 14 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.12.2023
Panorama internacional
Relatora da ONU diz que objetivo de Israel é 'empurrar palestinos para o Egito'
Ontem (28), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu supostamente cancelou reunião do gabinete militar agendada para discutir o sistema pós-guerra na Faixa de Gaza, conforme relatado pelo The Times of Israel.
O jornal havia afirmado que o gabinete militar planejava discutir a governança futura do enclave nesta quinta-feira (28), pela primeira vez desde 7 de outubro.
Porém, a decisão do premiê foi influenciada por seus parceiros da coalizão de "extrema direita", que rejeitaram qualquer discussão sobre a governança da Autoridade Nacional Palestina (ANP) na Faixa de Gaza, segundo a mídia.
Hoje (29), a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina (UNRWA) afirmou que um comboio de ajuda foi atacado pelos militares israelenses em Gaza em uma rota designada pelo próprio Exército como segura.
De acordo com o diretor da UNRWA em Gaza, Thomas White, não houve feridos, mas o veículo sofreu danos: "Os funcionários humanitários nunca deveriam ser um alvo", disse.
Soldados israelenses dispararam contra um comboio de ajuda humanitária que retornava do norte de Gaza ao longo de uma rota designada pelo Exército israelense - nosso líder do comboio internacional e sua equipe não ficaram feridos, mas um veículo sofreu danos - os funcionários humanitários nunca deveriam ser um alvo
O enclave passa por uma crise humanitária muito grave, na qual dezenas de milhares de pessoas se encontram sem água potável e acesso à comida. Cerca de 85% da população de Gaza, 2,3 milhões de pessoas, tiveram de fugir de casa por culpa da guerra.
Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, mais de 21.300 palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Os combates fizeram também mais de 55.600 feridos.
O Exército de Israel disse na quinta-feira (28) que mais de 500 soldados, oficiais e reservistas, foram mortos desde 7 de outubro. Do lado israelense, há cada vez mais pressão para um cessar-fogo que permita a libertação dos 129 reféns que permanecem em Gaza.
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