Militares fazem vaquinha para ex-ajudante de ordens e delator de Jair Bolsonaro
16:50 02.01.2024 (atualizado: 18:03 02.01.2024)
© Foto / Lula Marques / Agência BrasilDepoimento para a CPI do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Brasília (DF), 11 de julho de 2023
© Foto / Lula Marques / Agência Brasil
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Militares da reserva fizeram uma vaquinha para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, para pagar R$ 600 mil em dívidas, de acordo com a divulgação da União Nacional dos Militares da Reserva e Reformados das Forças Armadas e Auxiliares do Brasil.
A nota que circula em grupos de militares no WhatsApp pede a "misericórdia" dos "irmãos de farda" para que ajudem Mauro Cid, que está em prisão domiciliar depois de fazer delação premiada contra Bolsonaro em setembro de 2023. Seu salário mensal de militar, de R$ 27 mil, foi mantido.
"O coronel Cid está precisando de nossa ajuda humanitária, já vendeu quase tudo que possuía", diz a mensagem.
Ele foi preso preventivamente em maio do ano passado, suspeito de ter fraudado dados da carteira de vacinação da COVID-19 de Jair Bolsonaro. Foi solto depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou a delação do militar.
Na delação, o tenente-coronel confessou a participação nos episódios das fraudes em cartões de vacinação e do esquema de venda de joias milionárias recebidas por Bolsonaro como presente enquanto estava à frente da Presidência da República.
No caso da adulteração dos documentos, ele alegou que fez isso para proteger a família de hostilidades pelo fato de sua mulher e sua filha não terem tomado as vacinas contra a COVID-19.