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Ex-conselheiro de Zelensky diz que Ucrânia não é bem-vinda na OTAN nem na UE: 'Ilusão'

© AFP 2023 / Sergei SupinskyPresidente ucraniano, Vladimir Zelensky, durante entrevista coletiva de fim de ano. Kiev, 19 de dezembro de 2023
Presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, durante entrevista coletiva de fim de ano. Kiev, 19 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 05.01.2024
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Objetivo que passou a ser uma obsessão a ser conquistada a qualquer custo pelo presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, a entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e na União Europeia (UE) segue distante de ser concretizada. Enquanto Biden diz que o país ainda não está pronto, há muita resistência no bloco europeu.
Já o ex-assessor de Zelensky, Aleksei Arestovich, foi mais enfático e disse que, na verdade, a Ucrânia não é bem-vinda tanto na OTAN quanto na UE. Além disso, ele aconselhou o presidente a "parar de se humilhar" e abandonar a "ilusão" de que em breve Kiev estará entre os dois grupos. O comentário ocorreu após ser questionado sobre a decisão do Conselho da UE de iniciar as negociações para a adesão do país.
"Não importa o quanto queiramos nos juntar à OTAN e à UE, não somos bem-vindos lá", afirmou. Arestovich pontuou ainda que o preço real para o ingresso na organização militar seria o início de "uma grande guerra com a Rússia" e, diante de um conflito direto com Moscou, o Ocidente "não está pronto para pagar esse preço".
Para o ex-assessor, o presidente Zelensky deveria parar de tratar a política externa e interna em "Bruxelas ou Washington", mas em Kiev.
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'Reconhecer a realidade'

O então aliado do presidente afirmou que o governo ucraniano deveria "reconhecer a realidade" e incentivar o desenvolvimento do país em sua própria direção, ao contrário de viver na "ilusão" de que é possível recuperar as fronteiras de 1991, além de ingressar na OTAN e na UE. Como exemplo de países que não são membros da entidade militar e estão "se saindo muito bem", ele citou o Azerbaijão e a Coreia do Sul.
No dia 15 de dezembro, as negociações para a adesão da Ucrânia à UE foram aprovadas sob protestos. Durante a sessão, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, um dos maiores opositores da entrada de Kiev no bloco, afirmou que seu país "não quer participar dessa decisão ruim" e deixou a sala.
Ainda em setembro de 2022, Zelensky disse que a entrada do país na OTAN estava acelerada e que o pedido já havia sido formalizado. Porém, no ano passado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já esfriou o apoio e disse que as hostilidades entre Kiev e Moscou precisavam terminar antes que o pedido de adesão pudesse ser considerado.
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Dificuldades na contraofensiva

Mesmo com o apoio ocidental, a contraofensiva ucraniana ante a operação militar especial russa é cada vez mais fracassada. Por conta de uma série de ataques aéreos contra a infraestrutura militar do país, as Forças Armadas da Ucrânia estão "esgotando" suprimentos vitais para os seus sistemas de defesa, informou a Newsweek.
A revista norte-americana citou o porta-voz do Exército ucraniano, Sergei Naev, dizendo que a Rússia estava tentando esgotar as defesas aéreas da Ucrânia enquanto mais ajuda dos EUA a Kiev "está em jogo".
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