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Polícia Federal revela que governo Bolsonaro espionou 30 mil opositores no Brasil

© Jose Cruz/Agência BrasilDiretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto, durante assinatura de portaria que cria grupo para combater corrupção. Brasília (DF), 7 de dezembro de 2023
Diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto, durante assinatura de portaria que cria grupo para combater corrupção. Brasília (DF), 7 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 05.01.2024
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O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro foi responsável por espionar mais de 30 mil opositores entre 2019 e 2022. É o que revelou nesta sexta-feira (5) o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, durante entrevista à GloboNews.
Conforme o dirigente, o trabalho de espionagem foi realizado por meio "da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra 30 mil opositores". Já os dados recolhidos de forma ilegal foram armazenados em uma nuvem localizada em um servidor de Israel.
"Esses dados das pessoas, cidadãos brasileiros que foram monitorados, estavam armazenados na nuvem em Israel, porque a empresa responsável por essa ferramenta é israelense", disse Rodrigues.
Além da ilegalidade da prática, realizada sem qualquer permissão judicial, o sistema contratado para realizar a espionagem também opera fora da legislação brasileira: é o FirsMile, da empresa israelense Cognyte, adquirido durante o governo do ex-presidente Michel Temer para ser usado na intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
Jair Bolsonaro entra em carro após falar com a imprensa em Brasília (DF). Brasil, 3 de maio de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 03.11.2023
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Mídia: PF apura se Abin produziu dossiês ilegais sobre adversários políticos de Bolsonaro
Na época, diante do crescimento da violência e da falta de recursos no estado fluminense, então administrado pelo governador Luiz Fernando Pezão, Michel Temer decretou a intervenção na segurança, liderada pelo general Walter Braga Netto. Mais tarde, o militar foi ministro de Bolsonaro e, durante as eleições de 2022, foi candidato a vice-presidente na chapa.
Já em outubro do ano passado, a PF prendeu dois ex-agentes da Abin de Bolsonaro por espionagem, acusados de usar indevidamente o sistema de geolocalização como forma de chantagem para evitar uma demissão.
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