Ocidente não acredita nos planos de dominação russa alardeados por Zelensky, diz mídia britânica
14:03 07.01.2024 (atualizado: 14:49 07.01.2024)
© AP Photo / Yves HermanO presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, aguarda o início de uma reunião bilateral com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, durante uma cúpula da OTAN em Vilnius
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Em novo artigo na publicação britânica The Telegraph, o coronel aposentado Richard Kemp afirmou que os Estados Unidos e o restante da Europa não acreditam nas palavras de Vladimir Zelensky quando diz que os ucranianos estão lutando "por toda a Europa, que estaria ameaçada por Moscou".
"Se o acreditassem, já teriam feito todos os esforços para conter Putin e fornecer à Ucrânia as enormes quantidades de armamento de que necessita para derrotar a Rússia."
O analista militar, que esteve em Kiev recentemente, afirmou também que os líderes políticos do país já discutem entre si possíveis termos para um acordo de paz. Na versão mais popular entre as autoridades, a Rússia aceitaria a entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), enquanto a Ucrânia prometeria não tentar reconquistar os territórios perdidos.
Enquanto isso, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, se vê perdendo proeminência política para outras lideranças, como o ex-presidente Pyotr Poroshenko, o prefeito de Kiev, Vitaly Klitschko, e o comandante das Forças Armadas, Valery Zaluzhny, despontando em popularidade.
Nas palavras do analista militar, Zelensky parece "muito cansado" para alcançar algum tipo de vitória. O especialista também afirmou que o Ocidente quer finalizar o conflito da maneira mais rápida possível depois do fracasso da contraofensiva militar. "A Ucrânia não tem uma estratégia clara para a condução futura do conflito", disse.
"Até agora, ele não apresentou qualquer estratégia real – para além de sugerir que o foco do conflito se deslocasse para a Crimeia e o mar Negro, ao mesmo tempo que se defende contra potenciais avanços russos no Leste, o que não é suficientemente bom se ele espera que o Ocidente continue a colocar a sua mãos nos bolsos."