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Equador entra no 2º dia de 'conflito armado interno' com, pelo menos, 70 prisões
Equador entra no 2º dia de 'conflito armado interno' com, pelo menos, 70 prisões
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Após uma escalada da violência causada por facções criminosas em todo o Equador, o presidente Daniel Noboa decretou na terça-feira (10) situação de "conflito... 10.01.2024, Sputnik Brasil
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No segundo dia do decreto, nesta quarta-feira (10), pelo menos 70 pessoas foram presas no Equador, que enfrenta uma crise na segurança pública sem precedentes por conta de organizações criminosas ligadas ao narcotráfico. As facções ganharam ainda mais força no país após serem apoiadas por cartéis mexicanos e colombianos nos últimos anos.Uma emissora pública de televisão chegou a ser invadida por homens armados em Guayaquil, a segunda maior cidade do país, durante uma transmissão. Além disso, uma universidade também foi tomada por criminosos e provocou pânico entre os alunos. Só na região, pelo menos oito pessoas morreram, aponta a mídia local.Um decreto ainda passou a considerar cerca de 20 grupos criminosos como organizações terroristas, responsáveis por mais de 460 mortes só no sistema penitenciário após praticamente tomarem o controle de unidades carcerárias. A crise se intensificou na segunda (8), depois que uma das maiores lideranças do narcotráfico do Equador fugiu da cadeia: José Adolfo Macías, o Fito.Os atendimentos ambulatoriais em hospitais e centros públicos de saúde ainda foram suspensos em todo o país.Noboa foi eleito com a promessa de acabar com a violência no paísDaniel Noboa triunfou nas eleições presidenciais equatorianas em 15 de outubro de 2023, depois que o ex-presidente Guillermo Lasso dissolveu o Parlamento para evitar a votação final do seu processo de impeachment. Assim, foram convocadas eleições extraordinárias para os restantes períodos constitucionais que terminariam em 2025.Eleito em outubro do ano passado com a promessa de combater o crime organizado e o tráfico de drogas, Daniel Noboa, de 36 anos, disse que iria acabar com os cartéis do país. Após uma série de tumultos nas prisões e a fuga de importantes líderes das quadrilhas criminosas que operam no Equador, ele decretou em 8 de janeiro estado de emergência por 60 dias para "recuperar o controle" dos centros penais que foram perdidos nos últimos anos.A medida desencadeou uma onda de violência com queima de carros e detonações de explosivos nas ruas de diversas províncias, inclusive Quito, por grupos criminosos. Em 9 de janeiro, Noboa emitiu outro decreto no qual declarava um "conflito armado interno" como resultado da crise de segurança pública que assola o país e designava 20 grupos do crime organizado como "organizações terroristas".Entre 2018 e 2022, a taxa de homicídios quadruplicou no país, quando mais de 7,8 mil homicídios foram registrados e 220 toneladas de drogas foram apreendidas, um recorde no Equador, que tem 17 milhões de habitantes. Desde fevereiro de 2021, confrontos entre detentos deixaram mais de 460 mortos, diante da falta de controle do governo sobre as próprias unidades prisionais.
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Equador entra no 2º dia de 'conflito armado interno' com, pelo menos, 70 prisões
12:01 10.01.2024 (atualizado: 13:34 10.01.2024) Após uma escalada da violência causada por facções criminosas em todo o Equador, o presidente Daniel Noboa decretou na terça-feira (10) situação de "conflito armado interno" no país para tentar controlar a situação. Além do toque de recolher, as Forças Armadas estão autorizadas a realizar operações e entrar em residências sem mandato.
No segundo dia do decreto, nesta quarta-feira (10), pelo menos 70 pessoas foram presas no Equador, que enfrenta uma crise na segurança pública sem precedentes por conta de organizações criminosas ligadas ao narcotráfico. As facções ganharam ainda mais força no país após serem apoiadas por cartéis mexicanos e colombianos nos últimos anos.
Uma emissora pública de televisão chegou a ser
invadida por homens armados em Guayaquil, a segunda maior cidade do país,
durante uma transmissão. Além disso, uma
universidade também foi tomada por criminosos e provocou pânico entre os alunos. Só na região, pelo menos oito pessoas morreram, aponta a mídia local.
Um decreto ainda passou a considerar
cerca de 20 grupos criminosos como organizações terroristas, responsáveis por mais de
460 mortes só no sistema penitenciário após praticamente tomarem o controle de unidades carcerárias. A crise se intensificou na segunda (8), depois que uma das maiores lideranças do narcotráfico do Equador fugiu da cadeia:
José Adolfo Macías, o Fito.
Os atendimentos ambulatoriais em hospitais e centros públicos de saúde ainda foram suspensos em todo o país.
Noboa foi eleito com a promessa de acabar com a violência no país
Daniel Noboa triunfou nas eleições presidenciais equatorianas em 15 de outubro de 2023, depois que o ex-presidente Guillermo Lasso dissolveu o Parlamento para evitar a votação final do seu processo de impeachment. Assim, foram convocadas eleições extraordinárias para os restantes períodos constitucionais que terminariam em 2025.
Eleito em outubro do ano passado com a promessa de
combater o crime organizado e o tráfico de drogas, Daniel Noboa, de 36 anos, disse que iria acabar com os cartéis do país. Após uma série de tumultos nas prisões e a fuga de importantes líderes das quadrilhas criminosas que operam no Equador, ele decretou em 8 de janeiro
estado de emergência por 60 dias para "recuperar o controle" dos centros penais que foram perdidos nos últimos anos.
A medida desencadeou uma onda de violência com queima de carros e detonações de explosivos nas ruas de diversas províncias, inclusive Quito, por grupos criminosos. Em 9 de janeiro, Noboa emitiu outro decreto no qual declarava um "conflito armado interno" como resultado da crise de segurança pública que assola o país e designava 20 grupos do crime organizado como "organizações terroristas".
Entre 2018 e 2022, a taxa de homicídios quadruplicou no país, quando mais de 7,8 mil homicídios foram registrados e 220 toneladas de drogas foram apreendidas, um recorde no Equador, que tem 17 milhões de habitantes. Desde fevereiro de 2021, confrontos entre detentos deixaram mais de 460 mortos, diante da falta de controle do governo sobre as próprias unidades prisionais.