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Helicópteros em queda: está mais perigoso voar no Brasil? (VÍDEO)
Helicópteros em queda: está mais perigoso voar no Brasil? (VÍDEO)
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O Brasil começou 2024 com quatro acidentes de helicóptero, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Maranhão. A frequência de tais incidentes em tão curto... 11.01.2024, Sputnik Brasil
2024-01-11T16:20-0300
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Especialistas consultados pela Sputnik Brasil ressaltam que o fator determinante para tais ocorrências é a ação humana.Se por um lado a aviação comercial desperta confiança e segurança dos passageiros, aeronaves de pequeno porte geram preocupações.Ainda assim o aviador e proprietário do canal de YouTube Aero - Por Trás da Aviação, Fernando De Borthole, ressalta que não há aumento significativo de acidentes nos últimos anos. "A diferença reside na frota de aviões de pequeno porte, que é muito maior do que a frota de aviação regular."Ele destaca as operações diferenciadas entre a aviação regular e a geral. Enquanto a aviação regular é altamente fiscalizada, seguindo manuais e roteiros específicos, a aviação geral oferece mais flexibilidade, com pilotos tomando decisões próprias durante o voo.Quando questionado sobre a relação entre o aumento do táxi aéreo e os acidentes, De Borthole opina que o crescimento da frota não implica necessariamente em mais acidentes.Ele destaca os avanços tecnológicos, os treinamentos constantes e as melhorias na segurança das aeronaves como fatores que contribuem para a diminuição dos acidentes. "A tendência é que o número de acidentes diminua ao longo do tempo, mesmo com o crescimento da frota. A segurança é uma prioridade constante na aviação."Ao abordar como evitar acidentes, De Borthole ressalta que a fiscalização das aeronaves já é rigorosa, mas a ênfase deve ser dada à operação e às decisões dos pilotos. Ele destaca a importância de os pilotos pensarem na própria segurança, para além da fiscalização, e considerarem fatores como condições meteorológicas e adequação da aeronave.Onde caiu o helicóptero da PRF?Um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) caiu na última segunda-feira (8) no município de Belo Horizonte, nas proximidades do bairro Vista Alegre. A aeronave transportava uma vítima de outro acidente, de carro. Mesmo com a colisão, ninguém se feriu.Esse foi o segundo caso em sete dias envolvendo aeronaves em Minas Gerais. Na semana anterior, outro modelo caiu no lago de Furnas, em Capitólio, e matou uma pessoa. Trata-se da aeronave EC 120B, prefixo PP-MMA, que caiu no município da região sul de Minas Gerais.Fora o território mineiro, outras aeronaves caíram nesse mesmo período: uma no litoral paulista, em 31 de dezembro de 2023, e um helicóptero agrícola no interior do Maranhão, no dia 2.Ao abordar o recente desaparecimento da aeronave que saiu do aeroporto Campo de Marte (SP) na véspera do Ano-Novo, De Borthole destacou a falta de respostas imediatas. Ele diz que as operações aéreas são seguras e que os pilotos estão comprometidos com a segurança.Em nota, a Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe) expressou pesar e solidariedade às vítimas socorridas e familiares dos passageiros que morreram. Também informou à Sputnik Brasil que acompanha os incidentes ocorridos e que há tendência de queda nos números de acidentes nos últimos cinco anos.Em relação à aeronave que caiu no litoral norte de São Paulo, um helicóptero Robinson 44 (R-44), prefixo PR-HDB, o foco é localizar o veículo e a tripulação.Por fim, em Santa Luzia, no Maranhão, o acidente com o helicóptero agrícola também aguarda esclarecimentos. "A entidade recebe com pesar a ocorrência, ressaltando que a investigação conduzida pelo Cenipa [Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, vinculado à Força Aérea Brasileira, FAB] determinará a causa do acidente."A reportagem tentou contato com o Cenipa, que ressaltou ter o objetivo de "investigar as ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram".Quantos helicópteros caem por ano no Brasil?Segundo o Cenipa, foram 15 acidentes de helicóptero em 2023, com dez mortes. O número é menor do que os 20 acidentes de 2022, que também somaram dez mortes. Nos últimos dez anos foram 167 ocorrências, com 136 óbitos.Entre os incidentes com tais aeronaves, a principal causa está relacionada à perda de controle em voo, que responde por mais de 30% das ocorrências. Nas demais, o fator predominante são as falhas no motor.São Paulo lidera o ranking das ocorrências, concentrando cerca de 20% dos acidentes aéreos no Brasil — são 343, dos quais 43 com helicópteros.Na sequência estão Mato Grosso (186), Rio Grande do Sul (166) e Minas Gerais (147).Os dados mostraram que 15% dos acidentes de helicóptero ocorrem no táxi aéreo e 44% em operações privadas.O Rio de Janeiro registra o maior número de acidentes aéreos entre municípios, com 24 casos, seguido por São Paulo (20) e Belo Horizonte (12).Para De Borthole, tais estatísticas não se devem à fragilidade do helicóptero, mas sim à complexidade de sua operação. "O helicóptero é mais complexo de pilotar, mas não é mais frágil."Qual foi o maior acidente aéreo brasileiro?Um voo realizado em 17 de julho de 2007, em São Paulo, deixou 199 mortos. Com 187 pessoas a bordo, a aeronave não conseguiu pousar na pista do aeroporto de Congonhas, atravessou a avenida Washington Luís e bateu no prédio da TAM Express, atingindo outras 12 pessoas.É arriscado andar de avião?Estatisticamente, viagens aéreas são mais seguras do que trajetos feitos por veículos terrestres, como carros ou ônibus.Com mais de 25 anos de experiência na aviação, o professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) Kerley Oliveira ressalta que com o aumento da frota é natural esperar um crescimento no número de ocorrências, e que a prevenção é a chave para reverter essa tendência. "Os meios de transporte aéreo são seguros, mas a prevenção é fundamental."Segundo ele, vários fatores geram acidentes, incluindo condições meteorológicas, e é preciso aguardar as investigações para definir o que aconteceu nos últimos incidentes. "Se a gente entender que os procedimentos de prevenção não vão mudar de forma radical, a tendência natural é o número de ocorrências acompanhar essa curva de aumento do número de aeronaves."Ele ressalta que a legislação para táxi aéreo é diferente da legislação para aviação comercial, refletindo na estatística de ocorrências. "A legislação internacional e nacional é robusta, mas a questão é o cumprimento dessas normas. A segurança existe, mas podemos torná-la ainda mais eficaz, com uma abordagem focada na prevenção e educação."
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Especialista comenta recentes quedas de aeronaves de pequeno porte no Brasil
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Analista fala sobre acidentes aéreos no Brasil entre o final de 2023 e início de 2024.
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Especialistas consultados pela Sputnik Brasil ressaltam que o fator determinante para tais ocorrências é a ação humana.
Se por um lado a aviação comercial desperta confiança e segurança dos passageiros, aeronaves de pequeno porte geram preocupações.
Ainda assim o aviador e proprietário do canal de YouTube Aero - Por Trás da Aviação, Fernando De Borthole, ressalta que não há aumento significativo de acidentes nos últimos anos. "A diferença reside na frota de aviões de pequeno porte, que é muito maior do que a frota de aviação regular."
Ele destaca as operações diferenciadas entre a aviação regular e a geral. Enquanto a aviação regular é altamente fiscalizada, seguindo manuais e roteiros específicos, a aviação geral oferece mais flexibilidade, com pilotos tomando decisões próprias durante o voo.
"A aviação geral inclui a aviação executiva, táxi aéreo, entre outros. As decisões são tomadas de maneira diferente, mas, principalmente, o número de aeronaves particulares é muito maior, operando em locais diversos, inclusive em locais não preparados para operações aéreas."
Quando questionado sobre a relação entre o aumento do táxi aéreo e os acidentes, De Borthole opina que o crescimento da frota não implica necessariamente em mais acidentes.
Ele destaca os avanços tecnológicos, os treinamentos constantes e as melhorias na segurança das aeronaves como fatores que contribuem para a diminuição dos acidentes. "A tendência é que o número de acidentes diminua ao longo do tempo, mesmo com o crescimento da frota. A segurança é uma prioridade constante na aviação."
Ao abordar como evitar acidentes, De Borthole ressalta que a fiscalização das aeronaves já é rigorosa, mas a ênfase deve ser dada à operação e às decisões dos pilotos. Ele destaca a importância de os pilotos pensarem na própria segurança, para além da fiscalização, e considerarem fatores como condições meteorológicas e adequação da aeronave.
"A responsabilidade de decidir decolar ou não é do piloto. A fiscalização é constante, mas a cultura de segurança dos pilotos é crucial."
Onde caiu o helicóptero da PRF?
Um helicóptero da
Polícia Rodoviária Federal (PRF) caiu na última segunda-feira (8) no município de
Belo Horizonte, nas proximidades do bairro Vista Alegre. A aeronave transportava uma vítima de outro acidente, de carro. Mesmo com a colisão, ninguém se feriu.
Esse foi o segundo caso em sete dias envolvendo aeronaves em Minas Gerais. Na semana anterior,
outro modelo caiu no lago de Furnas, em Capitólio, e matou uma pessoa. Trata-se da aeronave EC 120B, prefixo PP-MMA, que caiu no município da região sul de Minas Gerais.
Fora o território mineiro, outras aeronaves caíram nesse mesmo período:
uma no litoral paulista, em 31 de dezembro de 2023, e um helicóptero agrícola no interior do
Maranhão, no dia 2.
Ao abordar o recente desaparecimento da aeronave que saiu do aeroporto Campo de Marte (SP) na véspera do Ano-Novo, De Borthole destacou a falta de respostas imediatas. Ele diz que as operações aéreas são seguras e que os pilotos estão comprometidos com a segurança.
"É importante entender que, mesmo com tecnologias avançadas, imprevistos podem ocorrer. A investigação é minuciosa, e devemos aguardar os resultados para tirar conclusões."
Em nota, a Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe) expressou pesar e solidariedade às vítimas socorridas e familiares dos passageiros que morreram. Também informou à Sputnik Brasil que acompanha os incidentes ocorridos e que há tendência de queda nos números de acidentes nos últimos cinco anos.
Em relação à aeronave que caiu no litoral norte de São Paulo, um helicóptero Robinson 44 (R-44), prefixo PR-HDB, o foco é localizar o veículo e a tripulação.
Por fim, em
Santa Luzia, no Maranhão, o acidente com o helicóptero agrícola também aguarda esclarecimentos. "A entidade recebe com pesar a ocorrência, ressaltando que a investigação conduzida pelo Cenipa [
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, vinculado à
Força Aérea Brasileira, FAB] determinará a causa do acidente."
"A Abraphe assume o compromisso de acompanhar os relatórios de segurança, compartilhando os resultados com os mais de 2 mil pilotos de helicópteros no país. Além disso, a associação destaca os requisitos e responsabilidades dos pilotos, incluindo a constante atualização da licença e o cumprimento de padrões de segurança", disse a associação, em nota.
A reportagem tentou contato com o Cenipa, que ressaltou ter o objetivo de "investigar as ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram".
Quantos helicópteros caem por ano no Brasil?
Segundo o Cenipa, foram 15 acidentes de helicóptero em 2023, com dez mortes. O número é menor do que os 20 acidentes de 2022, que também somaram dez mortes. Nos últimos dez anos foram 167 ocorrências, com 136 óbitos.
Entre os incidentes com tais aeronaves, a principal causa está relacionada à perda de controle em voo, que responde por mais de 30% das ocorrências. Nas demais, o fator predominante são as falhas no motor.
São Paulo lidera o ranking das ocorrências, concentrando cerca de 20% dos acidentes aéreos no Brasil — são 343, dos quais 43 com helicópteros.
Na sequência estão Mato Grosso (186), Rio Grande do Sul (166) e Minas Gerais (147).
Os dados mostraram que 15% dos acidentes de helicóptero ocorrem no táxi aéreo e 44% em operações privadas.
O Rio de Janeiro registra o maior número de acidentes aéreos entre municípios, com 24 casos, seguido por São Paulo (20) e Belo Horizonte (12).
Para De Borthole, tais estatísticas não se devem à fragilidade do helicóptero, mas sim à complexidade de sua operação. "O helicóptero é mais complexo de pilotar, mas não é mais frágil."
"Ele possui vantagens em termos de segurança, como a capacidade de pousar em espaços reduzidos. Entretanto as estatísticas não indicam que seja uma aeronave mais perigosa; há mais operações e, naturalmente, mais ocorrências."
Qual foi o maior acidente aéreo brasileiro?
Um voo realizado em 17 de julho de 2007, em São Paulo, deixou 199 mortos. Com 187 pessoas a bordo, a aeronave não conseguiu pousar na pista do aeroporto de Congonhas, atravessou a avenida Washington Luís e bateu no prédio da TAM Express, atingindo outras 12 pessoas.
É arriscado andar de avião?
Estatisticamente, viagens aéreas são mais seguras do que trajetos feitos por veículos terrestres, como carros ou ônibus.
Com mais de 25 anos de experiência na aviação, o professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) Kerley Oliveira ressalta que com o aumento da frota é natural esperar um crescimento no número de ocorrências, e que a prevenção é a chave para reverter essa tendência. "Os meios de transporte aéreo são seguros, mas a prevenção é fundamental."
Segundo ele, vários fatores geram acidentes, incluindo condições meteorológicas, e é preciso aguardar as investigações para definir o que aconteceu nos últimos incidentes. "Se a gente entender que os procedimentos de prevenção não vão mudar de forma radical, a tendência natural é o número de ocorrências acompanhar essa curva de aumento do número de aeronaves."
"O ideal seria que isso não acontecesse, mas para isso a gente tem que trabalhar muito firme, diretamente, com a prevenção. A prevenção é muito importante em todos os aspectos […]. É impossível a ANAC [Agência Nacional de Aviação Civil] estar em todos os aeroportos, em todas as aeronaves que estão circulando ali. Mas a gente precisa trazer a responsabilidade para os operadores aéreos e profissionais da aviação."
Ele ressalta que a legislação para táxi aéreo é diferente da legislação para aviação comercial, refletindo na estatística de ocorrências. "A legislação internacional e nacional é robusta, mas a questão é o cumprimento dessas normas. A segurança existe, mas podemos torná-la ainda mais eficaz, com uma abordagem focada na prevenção e educação."