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Mar Vermelho: houthis do Iêmen confirmam ataque com míssil a navio grego

© Mass Communications Spc. 2nd Class Moises SandovalOperação da Marinha dos Estados Unidos contra ataques a embarcações comerciais no mar Vermelho, em 9 de agosto de 2023
Operação da Marinha dos Estados Unidos contra ataques a embarcações comerciais no mar Vermelho, em 9 de agosto de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 16.01.2024
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Em resposta à guerra sangrenta promovida por Israel na Faixa de Gaza, navios comerciais que tenham ligação com o país são atacados pelo grupo de rebeldes houthis no mar Vermelho há mais de dois meses. O movimento domina boa parte do território do Iêmen e eleva as tensões de uma escalada do conflito no Oriente Médio.
O grupo de rebeldes houthis confirmaram nesta terça-feira (16) mais um ataque a um navio de carga que passava pelo mar Vermelho. Desta vez, uma embarcação grega foi bombardeada com um míssil depois que a tripulação não respondeu às advertências para não passar pela região.
Segundo comunicado das forças rebeldes, foi realizada "uma operação de mira contra o navio após a recusa da tripulação em atender às chamadas das forças navais, bem como às repetidas mensagens de advertência incendiárias".
Na última segunda-feira (15), os houthis anunciaram que embarcações norte-americanas também passaram a ser alvo dos ataques.
"O navio não precisa necessariamente estar indo para Israel para que possamos atingi-lo; basta que seja americano. Os Estados Unidos estão à beira de perder a sua segurança marítima", afirmou Nasruldeen Amer, porta-voz dos houthis, segundo a agência Reuters.
Os ataques na região são uma retaliação aos bombardeios israelenses contra a população palestina, que já deixaram mais de 24 mil pessoas mortas só na Faixa de Gaza.
Com isso, os Estados Unidos anunciaram em dezembro uma operação multinacional contra os houthis, com o objetivo alegado de garantir a segurança no mar Vermelho, o que aumentou o risco de uma expansão do conflito para outras partes do Oriente Médio. Já os houthis prometeram atacar qualquer navio que se juntasse à coalizão marítima liderada pelos norte-americanos.
Combatentes houthis e membros de tribos organizam manifestação contra os ataques dos EUA e do Reino Unido a locais militares controlados pelos houthis. Arredores de Sanaa, Iêmen, 14 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 16.01.2024
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No fim da última semana, EUA e Reino Unido lançaram uma série de ataques contra o movimento em quatro províncias do Iêmen. Apoiados por Austrália, Bahrein, Canadá e Países Baixos, os bombardeios foram realizados contra postos de comando, depósitos de munições, sistemas de lançamento, instalações de produção e radares de defesa aérea, resultando em pelo menos cinco mortos e seis feridos entre os houthis.
Com a restrição do tráfego de navios em uma das principais regiões do mundo para escoamento de produtos e ligação entre Ocidente e Oriente, só a Itália já anunciou perdas econômicas superiores a 500 milhões de euros (R$ 2,6 bilhões) na exportação de frutas e vegetais, conforme o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, chegou a alertar que as apreensões no mar Vermelho crescem cada vez mais e podem chegar a um patamar tal que fique impossível contê-las. "As tensões também estão nas alturas na região e, além disso, podem em breve ser impossíveis de conter", disse Guterres em uma coletiva de imprensa.
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