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Operação militar especial russa
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'Sociopatas que gostam de disparar em pessoas': quem são os mercenários que lutam pela Ucrânia?

© AP Photo / LibkosSoldados ucranianos cobrem os ouvidos para se proteger do bombardeio de tanques russos na região de Zaporozhie, 2 de julho de 2023
Soldados ucranianos cobrem os ouvidos para se proteger do bombardeio de tanques russos na região de Zaporozhie, 2 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 18.01.2024
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Ontem (17), a Defesa russa anunciou um ataque de alta precisão em 16 de janeiro contra um local de estacionamento temporário de combatentes estrangeiros em Carcóvia, cujo núcleo eram mercenários franceses. A Sputnik entrevistou especialistas que comentaram o ataque.
Como resultado do ataque de 16 de janeiro, o edifício onde os mercenários estavam estacionados foi completamente destruído. Mais de 60 combatentes foram eliminados, mais de 20 foram levados para instituições médicas.
Os ataques de precisão da Rússia contra instalações que abrigam mercenários estrangeiros na Ucrânia "diminuem o entusiasmo e aumentam o nível de risco para soldados e outros, que estão na Ucrânia principalmente para ganhar dinheiro", disse à Sputnik a tenente-coronel aposentada da Força Aérea dos EUA Karen Kwiatkowski.
A especialista acredita que a maioria das pessoas contratadas como mercenários são mais marginais do que profissionais e têm problemas de saúde mental.
"Há pessoas, incluindo americanos, que ficaram psicologicamente arruinadas para o trabalho e a vida normais como resultado de mais de 30 anos de intervenção norte-americana no Iraque, no Afeganistão, até mesmo na antiga Iugoslávia e em vários outros lugares. Alguns são, sem dúvida, sociopatas que gostam de disparar em pessoas, mas outros procuram se sentir parte de algo real, e o combate fornece essa sensação."
No entanto, Kwiatkowski não tem dúvidas que os mercenários com um mínimo de experiência de combate, mas sem lealdade especial à Ucrânia, são capazes de avaliar rapidamente a relação de risco e recompensa e atuar de maneira apropriada, pois a liderança política e militar da Ucrânia deixa muito a desejar.
Earl Rasmussen, tenente-coronel aposentado do Exército dos EUA, ressaltou que alguns mercenários podem ser ex-militares, enquanto outros podem ser combatentes das "forças especiais" combatendo na Ucrânia "não oficialmente".
"Se você vai ser parte das forças ucranianas, é preciso ter em conta que vai ser tratado como combatente, não deve haver nenhuma dúvida quanto a isso", disse ele.
Tropas russas perto da cidade de Izium, na região da Carcóvia - Sputnik Brasil, 1920, 17.01.2024
Panorama internacional
Rússia atinge estacionamento de mercenários estrangeiros na Ucrânia e elimina mais de 60 (FOTOS)

Neonazismo ocidental

Comentando o fluxo de mercenários para a Ucrânia, o analista político francês, Cyrille de Lattre, destaca o movimento neonazista que ainda existe no país, que se aproveita do conflito Rússia-Ucrânia, e avalia o papel da propaganda ocidental, que coloca as pessoas em risco.
"Há muitas pessoas que chamamos de 'guerreiros do TikTok', que vão para lá só para se mostrarem e gravar vídeos. Há rapazes que definitivamente já não têm mais nada. E entre essa turba, há aqueles que partem de um desejo de fazer algo, mas eles são ensinados de modo errado."
No entanto, os ataques de precisão russos afetam muito o desejo dos estrangeiros de se envolver no conflito.
De acordo com os dados do Ministério da Defesa da Rússia, mais de 11 mil mercenários de 84 países chegaram à Ucrânia desde o início da operação militar especial.
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