Presidente do Equador flexibiliza estado de emergência em diversas regiões após tumultos nas prisões
08:21 24.01.2024 (atualizado: 11:33 24.01.2024)
© AFP 2023 / StringerForças de segurança montam guarda do lado de fora do Palácio Carondelet, em Quito, em 10 de janeiro de 2024
© AFP 2023 / Stringer
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O presidente equatoriano, Daniel Noboa, afrouxou nesta quarta-feira (24) o estado de exceção em todo o país, suspendendo o toque de recolher em 160 cantões para normalizar a vida cotidiana prejudicada pelo recente aumento da violência de facções criminosas. Quito, Guayaquil e outros 36 cantões permanecem na zona vermelha de alto risco.
"Acabei de assinar um decreto para flexibilizar o toque de recolher em todo o país. Essa restrição foi suspensa em 160 dos 221 cantões", escreveu o presidente no X.
A decisão foi tomada com base em relatórios sobre a evolução de cada cantão separadamente, afirmou a presidência equatoriana em comunicado, acrescentando que dos 61 cantões onde ainda persiste o toque de recolher noturno, 38 foram agrupados na área vermelha de alto risco e outros 23 na área amarela de médio risco.
O toque de recolher noturno permanece em pleno vigor, principalmente em cidades como Guayaquil, Quito, Machala, Durán e Esmeraldas.
No início de janeiro, eclodiram distúrbios violentos no Equador depois que dois líderes de facções criminosas escaparam de uma prisão em Guayaquil. No dia 8 de janeiro, Noboa declarou estado de exceção para acionar as Forças Armadas.
Na noite de 9 de janeiro, os criminosos começaram a queimar carros e ônibus, além de explodir bombas improvisadas. Vários policiais foram sequestrados. Homens armados também invadiram a sede da emissora TC Televisión, mas foram detidos posteriormente. Após os acontecimentos, Noboa declarou o estado de conflito armado interno no país e ordenou ao Exército que neutralizasse 22 grupos criminosos, totalizando dezenas de milhares de membros.