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'Europa não deve transformar euro em arma', diz chefe do BC da Itália ante confisco de ativos russos
'Europa não deve transformar euro em arma', diz chefe do BC da Itália ante confisco de ativos russos
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De acordo com o governador do Banco Central da Itália e ex-membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu, Fábio Panetta, usar a zona do euro para... 26.01.2024, Sputnik Brasil
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Panetta declarou nesta sexta-feira (26) que a zona do euro não deveria usar sua própria moeda como arma em um conflito global, pois isso poderia prejudicá-la. A declaração acontece quando a União Europeia avança na proposta para confiscar ativos estatais russos.Autoridades europeias têm debatido há meses a possibilidade de confiscar ativos russos congelados, incluindo reservas do Banco Central, para usar o dinheiro no financiamento da reconstrução da Ucrânia. No entanto, alguns países, como Alemanha e França, têm sido mais cautelosos com a proposta.Panetta também argumentou que o conflito em torno da Ucrânia levou a um aumento do papel do yuan chinês em detrimento de outras moedas, uma vez que grande parte do comércio da Rússia é agora feito na moeda chinesa.Como resultado, o yuan ultrapassou o euro como a segunda moeda mais utilizada para o financiamento do comércio e o iene como a quarta moeda mais utilizada para pagamentos globais, disse Panetta.A União Europeia, os Estados Unidos, o Japão e o Canadá congelaram cerca de US$ 300 bilhões (R$ 1,47 bilhão) em ativos do Banco Central russo em 2022. Cerca de US$ 200 bilhões (R$ 982 bilhões) são detidos na Europa, principalmente na câmara de compensação belga Euroclear.Os opositores à ideia do confisco argumentam que a apreensão de ativos poderia levar os investidores de outros países a fugirem, temendo pela segurança dos seus próprios investimentos, enfraquecendo a moeda e aumentando os rendimentos.Na visão do economista italiano, a Europa deveria fortalecer o euro, tornando-o mais atraente, implementando mudanças há muito adiadas que reforçariam o seu papel como moeda de reserva.Isso incluiria a criação de um ativo seguro que seja emitido em quantidades suficientes e previsíveis, e a conclusão de uma união bancária que reduziria a dificuldade da atividade bancária transfronteiriça.Outro passo seria um sistema eficiente de pagamentos e infraestruturas de mercado em todo o bloco, que poderia ser ajudado por uma moeda digital do Banco Central.
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'Europa não deve transformar euro em arma', diz chefe do BC da Itália ante confisco de ativos russos
De acordo com o governador do Banco Central da Itália e ex-membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu, Fábio Panetta, usar a zona do euro para confiscar os ativos reduz a atratividade do euro e encoraja surgimento de alternativas, nomeadamente o yuan chinês.
Panetta declarou nesta sexta-feira (26) que a
zona do euro não deveria usar sua própria moeda como arma em um conflito global, pois isso poderia prejudicá-la. A declaração acontece quando a União Europeia avança na proposta para confiscar ativos estatais russos.
"Armar uma moeda reduz inevitavelmente a sua atratividade e encoraja o surgimento de alternativas. Este poder deve ser usado com sabedoria, pois as relações internacionais fazem parte de um 'jogo repetido'", afirmou Panetta, segundo a agência Reuters.
Autoridades europeias têm debatido há meses a
possibilidade de confiscar ativos russos congelados, incluindo reservas do Banco Central, para usar o dinheiro no financiamento da reconstrução da Ucrânia. No entanto, alguns países,
como Alemanha e França, têm sido mais cautelosos com a proposta.
Panetta também argumentou que o conflito em torno da Ucrânia levou a um aumento do papel do yuan chinês em detrimento de outras moedas, uma vez que grande parte do comércio da Rússia é agora feito na moeda chinesa.
"As autoridades chinesas estão explicitamente a promover o seu papel na cena global e a encorajar a sua utilização em outros países, incluindo aqueles sancionados pela comunidade internacional […]", afirmou.
Como resultado, o
yuan ultrapassou o
euro como a segunda moeda mais utilizada para o financiamento do comércio e o
iene como a
quarta moeda mais utilizada para pagamentos globais, disse Panetta.
19 de novembro 2023, 10:46
A União Europeia, os Estados Unidos, o Japão e o Canadá congelaram cerca de US$ 300 bilhões (R$ 1,47 bilhão) em ativos do Banco Central russo em 2022. Cerca de US$ 200 bilhões (R$ 982 bilhões) são detidos na Europa, principalmente na câmara de compensação belga Euroclear.
Os opositores à ideia do confisco argumentam que a apreensão de ativos poderia levar os investidores de outros países a fugirem, temendo pela segurança dos seus próprios investimentos, enfraquecendo a moeda e aumentando os rendimentos.
Na visão do economista italiano, a Europa deveria fortalecer o euro, tornando-o mais atraente, implementando mudanças há muito adiadas que reforçariam o seu papel como moeda de reserva.
29 de dezembro 2023, 12:25
Isso incluiria a criação de um ativo seguro que seja emitido em quantidades suficientes e previsíveis, e a conclusão de uma união bancária que reduziria a dificuldade da atividade bancária transfronteiriça.
Outro passo seria um sistema eficiente de pagamentos e infraestruturas de mercado em todo o bloco, que poderia ser ajudado por uma
moeda digital do Banco Central.