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Níger, Mali e Burkina Faso saem da CEDEAO ante deterioração nas relações
Níger, Mali e Burkina Faso saem da CEDEAO ante deterioração nas relações
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Burkina Faso, Níger e Mali anunciaram neste domingo (28) a sua saída da CEDEAO, Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental. Através de um comunicado... 28.01.2024, Sputnik Brasil
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Frente a deterioração das relações na CEDEAO com a troca de governo no Níger em julho, em 16 de setembro de 2023, as três nações africanas criaram a Aliança dos Estados do Sahel, uma organização de defesa coletiva.Os países sublinharam no comunicado que com "grande pesar, amargura e decepção", a CEDEAO "traiu os seus princípios fundadores" sob a influência estrangeira .À Sputnik, o analista nigeriano Issoufou Boubacar Kado Magagi afirmou que os países da região "não têm outra escolha senão sair" da CEDEAO e "corajosamente assumir o controle do seu destino". Magagi destacou também que a organização pan-africana é "manipulada pelos países ocidentais, com a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] como liderança".Nesse contexto, os países do BRICS servem como alternativas "dispostas a ajudar esses três países"."É uma cooperação ganha-ganha com eles. Mas, infelizmente, em países como a França, é exploração, é pilhagem da nossa riqueza", ressaltou.CEDEAO diz que países se mantêm no grupoEm resposta ao comunicado, a CEDEAO afirmou que não recebeu nenhuma notificação oficial dos três países-membros sobre a saída da comunidade. O grupo "continua empenhado em encontrar uma solução negociada para o impasse político", afirmou em nota a organização.O primeiro-ministro do Níger, Ali Mahaman Lamine Zeine, acusou a CEDEAO de desonestidade na última quinta-feira (25), depois que uma equipe de negociação da comunidade não compareceu a uma reunião marcada em Niamey, capital do país. A delegação explicou a sua ausência citando uma avaria técnica da aeronave.Deterioração das relações com a CEDEAOAs relações dos governos de Mali, Burkina Faso e Níger com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental pioraram após a mudança de governo nesses países. Atualmente, os países são geridos por governos militares de transição que chegaram ao poder após a piora da situação de segurança nas antigas colônias francesas, causada pelo aumento de atividade terrorista.Depois da remoção forçada do presidente do Níger, em julho de 2023, a CEDEAO ameaçou usar a força se o presidente deposto não fosse reintegrado. A organização também impôs sanções à nação e suspendeu a a ajuda militar, financeira, alimentar e médica ao país.O Mali e Burkina Faso enfrentaram medidas punitivas semelhantes após os golpes de Estado de 2021 e 2022, respetivamente. Estima-se que as sanções do bloco resultaram na morte de mais de 125 mil pessoas, afetando principalmente mulheres e crianças.
https://noticiabrasil.net.br/20231020/francafrique-saida-do-embaixador-gaules-do-niger-indica-esgotamento-e-fim-de-era-do-pais-europeu-30959253.html
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Níger, Mali e Burkina Faso saem da CEDEAO ante deterioração nas relações
14:52 28.01.2024 (atualizado: 16:21 28.01.2024) Burkina Faso, Níger e Mali anunciaram neste domingo (28) a sua saída da CEDEAO, Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental. Através de um comunicado em conjunto, os países denunciaram as "sanções ilegais, ilegítimas, desumanas e irresponsáveis" aplicadas pelo bloco.
Frente a deterioração das relações na CEDEAO com a troca de governo no
Níger em julho, em 16 de setembro de 2023, as três nações africanas criaram a
Aliança dos Estados do Sahel, uma
organização de defesa coletiva.
Os países sublinharam no comunicado que com "grande pesar, amargura e decepção", a CEDEAO "traiu os seus princípios fundadores" sob a influência estrangeira .
"A organização não prestou assistência aos nossos Estados no âmbito da nossa luta existencial contra o terrorismo e a insegurança".
À Sputnik, o analista nigeriano
Issoufou Boubacar Kado Magagi afirmou que os países da região "não têm outra escolha senão sair" da CEDEAO e
"corajosamente assumir o controle do seu destino". Magagi destacou também que a organização pan-africana é "
manipulada pelos países ocidentais, com a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] como liderança".
Nesse contexto, os países do BRICS servem como alternativas "dispostas a ajudar esses três países".
"Essas potências emergentes produzem muitos produtos dos quais os nossos países necessitam. E precisam dos nossos produtos, nomeadamente do urânio, do nosso ouro, da nossa bauxita, do nosso lítio. Temos petróleo no nosso solo", afirmou à Sputnik.
"É uma cooperação ganha-ganha com eles. Mas, infelizmente,
em países como a França, é exploração, é pilhagem da nossa riqueza", ressaltou.
CEDEAO diz que países se mantêm no grupo
Em resposta ao comunicado, a CEDEAO afirmou que não recebeu nenhuma notificação oficial dos três países-membros sobre a saída da comunidade. O grupo "continua empenhado em encontrar uma solução negociada para o impasse político", afirmou em nota a organização.
O primeiro-ministro do Níger, Ali Mahaman Lamine Zeine, acusou a CEDEAO de desonestidade na última quinta-feira (25), depois que uma equipe de negociação da comunidade não compareceu a uma reunião marcada em Niamey, capital do país. A delegação explicou a sua ausência citando uma avaria técnica da aeronave.
20 de outubro 2023, 16:20
Deterioração das relações com a CEDEAO
As relações dos governos de Mali, Burkina Faso e Níger com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental pioraram após a mudança de governo nesses países. Atualmente, os países são geridos por governos militares de transição que chegaram ao poder após a piora da situação de segurança nas antigas colônias francesas, causada pelo aumento de atividade terrorista.
Depois da remoção forçada do presidente do Níger, em julho de 2023, a CEDEAO ameaçou usar a força se o presidente deposto não fosse reintegrado. A organização também impôs sanções à nação e suspendeu a a ajuda militar, financeira, alimentar e médica ao país.
O Mali e Burkina Faso enfrentaram medidas punitivas semelhantes após os golpes de Estado de 2021 e 2022, respetivamente. Estima-se que as sanções do bloco resultaram na morte de mais de 125 mil pessoas, afetando principalmente mulheres e crianças.
14 de dezembro 2023, 16:17