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Pequim culpa avanço da OTAN pelo conflito na Ucrânia e chefe da Defesa chinês promete apoio à Rússia

© flickr.com / Mark TurnerEm entrevista à Rádio Nacional da China, o professor Jin Canrong, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Renmin, explicou por que a Rússia e a China compartilham um senso de memória histórica em relação à Segunda Guerra Mundial e por que é provável que a parceria entre os dois países seja duradoura
Em entrevista à Rádio Nacional da China, o professor Jin Canrong, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Renmin, explicou por que a Rússia e a China compartilham um senso de memória histórica em relação à Segunda Guerra Mundial e por que é provável que a parceria entre os dois países seja duradoura
 - Sputnik Brasil, 1920, 01.02.2024
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O ministro da Defesa chinês afirma que a cooperação entre Moscou e Pequim é pilar para a manutenção da paz mundial e elogiou o posicionamento russo em relação a Taiwan.
Em sua primeira aparição pública após ser nomeado como ministro da Defesa no final do ano passado, Dong Jun disse ao seu homólogo russo, Sergei Shoigu, que a cooperação estratégica entre China e Rússia é um pilar para a manutenção da paz mundial.
Durante uma reunião por videochamada, os chefes concordaram que China e Rússia devem aprofundar a sua cooperação e responder de forma decisiva aos desafios globais.
"Nós os apoiamos na questão ucraniana, apesar do fato de os EUA e a União Europeia continuarem a pressionar o lado chinês", afirmou Dong, prometendo que Pequim "não mudará nem abandonará o nosso rumo político estabelecido sobre essa questão", mesmo sob a ameaça de mais sanções.
Ao mesmo tempo, segundo o ministro chinês, a China percebe o "forte apoio do lado russo na questão de Taiwan, bem como em outros tópicos dos nossos principais interesses", acrescentou. "Como as duas forças mais importantes e fundamentais do mundo, devemos responder de forma decisiva aos desafios globais", reiterou.
Dong criticou ainda a tentativa dos Estados Unidos de manter sua hegemonia tendo Rússia e China como alvos certeiros. "A história e a realidade provam que a hegemonia está condenada ao fracasso."
O presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, trocam documentos durante uma cerimônia de assinatura após suas conversações no Kremlin, em Moscou (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 20.01.2024
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O ministro russo disse que, ao contrário dos Estados ocidentais, a Rússia e a China não estão "criando blocos militares" e a cooperação militar entre eles não é "dirigida contra países terceiros". Shoigu observou que "as relações russo-chinesas na esfera militar estão se desenvolvendo de forma constante em todas as áreas" e disse estar ansioso por uma "cooperação estreita e produtiva" com o seu homólogo chinês.
A posição da China em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia criou tensões entre o país asiático e os EUA. As autoridades norte-americanas acusam Pequim de apoiar Moscou, em vez de demonstrar neutralidade. A China, por sua vez, culpa a extensão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Europa pela crise na Ucrânia e denunciou o uso de sanções unilaterais por parte dos EUA e dos seus aliados como ferramenta de pressão geopolítica.
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