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Movimentos sociais convocam 3ª rodada de protestos na Argentina contra a Lei Omnibus
Movimentos sociais convocam 3ª rodada de protestos na Argentina contra a Lei Omnibus
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Movimentos sociais e políticos da Argentina organizam nesta sexta-feira (2) uma nova manifestação em frente ao Congresso do país, em Buenos Aires, no terceiro... 02.02.2024, Sputnik Brasil
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O espaço de coordenação Unidxs por la Cultura convocou um "festival cultural" em frente ao Parlamento, com a participação de vários artistas. Após a repressão policial nos arredores do Congresso nos últimos dois dias, outras organizações convocaram um buzinaço.Organizações políticas de esquerda, que protestam em frente ao Congresso desde quarta-feira (31) e foram reprimidas pelas forças federais de segurança, vão continuar mobilizadas em rejeição à iniciativa do governo que delega poderes do Legislativo ao presidente, disseram.A principal central sindical do país criticou o "desdobramento sem precedentes das forças de segurança, que confirma a inviabilidade política do que está se tentando validar" e advertiu que o Executivo, "se continuar insistindo com essas políticas, mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, colherá tempestades".O governo argentino defendeu a atuação das forças federais, que reprimiram com balas de borracha, gás de pimenta e jatos d'água os manifestantes que protestavam nas proximidades do Congresso. "Em relação aos acontecimentos violentos, quero destacar a titânica força-tarefa, que conseguiu conter os violentos", elogiou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni.Cerca de 20 jornalistas foram feridos por balas de borracha durante a repressão do dia anterior. As forças de segurança também usaram jatos d'água e gás de pimenta para fazer com que os movimentos sociais recuassem, embora não houvesse bloqueio de vias públicas.Terceiro dia de debates no CongressoEnquanto isso, a sessão plenária da Câmara de Deputados continua a terceira rodada de debate parlamentar sobre o projeto da Lei Omnibus, com dezenas de parlamentares que ainda não se pronunciaram, depois que a coalizão governante, La Libertad Avanza, reintegrou seus deputados à lista dos que tomarão a palavra.O projeto de lei delega poderes do Legislativo ao presidente, a partir de uma declaração de emergência válida por um ano, prorrogável por mais um.Embora a versão definitiva do texto não seja conhecida — o governo ainda negocia com os blocos opositores —, o rascunho da norma também propõe uma reforma do Estado, com a privatização de 27 empresas públicas, das atuais 41.O governo de Milei mantém sob a perspectiva de privatização empresas como Aerolíneas Argentinas, a empresa de água AySA, Correo Argentino, Trenes Argentinos, a agência de notícias Télam e a Televisión Pública, gerando resistência entre alguns deputados e governadores.A norma prevê também modificações nas regulamentações comerciais, nas disposições de segurança em torno do protesto social e em questões ambientais, com alterações na legislação que protege as florestas e os territórios propensos a incêndios. Caso aprovada, a norma será enviada ao Senado para sanção.
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Movimentos sociais convocam 3ª rodada de protestos na Argentina contra a Lei Omnibus
16:25 02.02.2024 (atualizado: 04:49 04.02.2024) Movimentos sociais e políticos da Argentina organizam nesta sexta-feira (2) uma nova manifestação em frente ao Congresso do país, em Buenos Aires, no terceiro dia de protestos contra a repressão policial do governo de Javier Milei e o projeto da Lei Omnibus. O texto é debatido pela Câmara de Deputados.
O espaço de coordenação Unidxs por la Cultura convocou um "festival cultural" em frente ao Parlamento, com
a participação de vários artistas. Após a
repressão policial nos arredores do Congresso nos últimos dois dias, outras organizações convocaram um buzinaço.
Organizações políticas de esquerda, que
protestam em frente ao Congresso desde quarta-feira (31) e foram reprimidas pelas forças federais de segurança, vão continuar mobilizadas
em rejeição à iniciativa do governo que delega poderes do Legislativo ao presidente, disseram.
A principal central sindical do país criticou o "desdobramento sem precedentes das forças de segurança, que confirma a inviabilidade política do que está se tentando validar" e advertiu que o Executivo, "se continuar insistindo com essas políticas, mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, colherá tempestades".
O governo argentino defendeu a atuação das forças federais, que reprimiram com balas de borracha, gás de pimenta e jatos d'água os manifestantes que protestavam nas proximidades do Congresso. "Em relação aos acontecimentos violentos, quero destacar a titânica força-tarefa, que conseguiu conter os violentos", elogiou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni.
Cerca de 20 jornalistas foram feridos por balas de borracha durante a repressão do dia anterior. As forças de segurança também usaram jatos d'água e gás de pimenta para fazer com que os movimentos sociais recuassem, embora não houvesse bloqueio de vias públicas.
Terceiro dia de debates no Congresso
Enquanto isso, a sessão plenária da Câmara de Deputados continua a terceira rodada de debate parlamentar sobre o projeto da Lei Omnibus, com dezenas de parlamentares que ainda não se pronunciaram, depois que a coalizão governante, La Libertad Avanza, reintegrou seus deputados à lista dos que tomarão a palavra.
O projeto de lei delega poderes do Legislativo ao presidente, a partir de uma declaração de emergência válida por um ano, prorrogável por mais um.
Embora a versão definitiva do texto não seja conhecida — o governo ainda negocia com os blocos opositores —, o rascunho da norma também propõe uma reforma do Estado, com a privatização de 27 empresas públicas, das atuais 41.
O governo de Milei mantém sob a perspectiva de privatização empresas como Aerolíneas Argentinas, a empresa de água AySA, Correo Argentino, Trenes Argentinos, a agência de notícias Télam e a Televisión Pública, gerando resistência entre alguns deputados e governadores.
A norma prevê também modificações nas regulamentações comerciais, nas disposições de segurança em torno do protesto social e em questões ambientais, com alterações na legislação que protege as florestas e os territórios propensos a incêndios. Caso aprovada, a norma será enviada ao Senado para sanção.