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Operação militar especial russa
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Rússia: uso de rendimento dos ativos pela UE para ajudar a Ucrânia será 'roubo'

© Sputnik / Stanislav KrasilnikovOs sistemas de supressão de drones FPV Saniya começaram a ser utilizados em tanques russos na zona da operação especial na Ucrânia, em janeiro de 2024
Os sistemas de supressão de drones FPV Saniya começaram a ser utilizados em tanques russos na zona da operação especial na Ucrânia, em janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 02.02.2024
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Cerca de US$ 300 bilhões [R$ 1,47 trilhão] em ativos russos estão congelados pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), que já ameaçaram por diversas vezes usar os rendimentos para ajudar a Ucrânia em meio à operação militar especial russa.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentou nesta sexta-feira (2) que a entrega dos rendimentos dos ativos russos bloqueados para apoio financeiro e militar ao governo do presidente Vladimir Zelensky será considerada roubo.
Durante a Cúpula da União Europeia em Bruxelas, líderes do bloco instruíram ministros a aprovarem, até o início de março, o aumento de recursos para apoio militar à Ucrânia através do Fundo Europeu de Apoio à Paz. Além disso, o encontro determinou o envio de 50 bilhões de euros (R$ 268,1 bilhões) para Kiev até 2027 como ajuda macrofinanceira para o país.
Porém, o bloco pretende cobrir parcialmente os custos do financiamento ao regime de Zelensky por meio dos rendimentos dos ativos russos congelados.
O primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, ainda afirmou que os países europeus precisam iniciar urgentemente discussões sobre o aumento do fornecimento de armas à Ucrânia, que enfrenta a escassez de equipamentos militares na contraofensiva.
"Reembolsar o dinheiro europeu, sendo que 33 bilhões de euros (R$ 176,9 bilhões) serão fornecidos a Kiev na forma de empréstimos, afundará ainda mais a Ucrânia na 'fossa da dívida', que será deixada para as próximas gerações de ucranianos, algo que pouco preocupa os temporizadores nazistas", comentou Zakharova.
Outros 17 bilhões de euros (R$ 91,1 bilhões) são em subsídios não reembolsáveis, financiados em parte pelos ganhos dos europeus com investimentos em ativos russos congelados. Conforme a representante oficial, a "militarização da economia" na UE significa um desafio potencial à segurança global.
Zakharova afirmou ainda que a falta de um sistema de controle sobre a localização de armas e os equipamentos militares enviados à Ucrânia resultaria em um aumento significativo no desvio dos produtos, alimentando o mercado paralelo e agravando as ameaças terroristas em todo o mundo.

Transferência levará ao colapso econômico dos EUA, alerta especialista

A transferência ilegal de ativos russos congelados para a Ucrânia levará a um colapso econômico dos EUA, escreveu um ex-conselheiro sênior do Pentágono, coronel Douglas Macgregor, na rede social X (antigo Twitter).

"Quando o governo dos EUA confiscar ilegalmente US$ 300 bilhões [R$ 1,47 trilhão] em ativos russos e entregá-los ao governo corrupto da Ucrânia em Kiev, a Arábia Saudita, a Índia, a China e uma série de outros países vão vender os títulos do Tesouro dos EUA a preços baixos, detonando os explosivos que demolirão o sistema financeiro global americano e afundarão a economia dos EUA", disse o especialista.

O ex-conselheiro do Pentágono parabenizou de forma irônica o governo dos Estados Unidos.
"Vocês destruíram em poucos anos a prosperidade e o poder nacional que os americanos levaram centenas de anos para construir", concluiu ele.
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