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Macron e Meloni fizeram 'ofensiva de sedução' para Orbán liberar ajuda da UE à Ucrânia, diz mídia

© AFP 2023 / Attila KisbenedekA primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni (E), é recebida por seu homólogo húngaro, Viktor Orban, durante a 5ª Cúpula Demográfica no Museu de Belas Artes de Budapeste, em 14 de setembro de 2023
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni (E), é recebida por seu homólogo húngaro, Viktor Orban, durante a 5ª Cúpula Demográfica no Museu de Belas Artes de Budapeste, em 14 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 03.02.2024
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Há dois dias, Budapeste acabou cedendo e concordou com o envio de ajuda para Ucrânia, porém, para receber o sim do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, líderes europeus realizaram cortejos com muito charme.
Na quinta-feira (1º), após uma arrastada negociação, a União Europeia conseguiu que seus 27 Estados-membros dessem luz verde para o envio de US$ 50 bilhões em ajuda para Ucrânia. Como tem sido amplamente divulgado, a Hungria era o único país que não acordava com a medida, mas acabou cedendo após a cúpula do Conselho Europeu dois dias atrás.
Mas para obter esse resultado, de acordo com o Politico, nos últimos meses, o presidente francês, Emmanuel Macron, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, realizaram uma "ofensiva de sedução" com o líder húngaro.
A mídia afirma que Meloni iniciou seu "trabalho diplomático" há meses, com conversas e reuniões envolvendo vários ministros e autoridades.
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Nesta semana, a líder italiana falou com Orbán por telefone, encontrou-se com ele no chique Hotel Amigo, em Bruxelas, para uma conversa de uma hora, e novamente na manhã de quinta-feira (1º), antes do início da reunião que liberaria a verba para Kiev.
Ao mesmo tempo, na noite de quarta-feira (31), Macron também se reuniu com premiê, com quem há semanas tentava "construir pontes". Durante um almoço no Palácio do Eliseu, o presidente francês pediu ao líder húngaro que compartilhasse com outros chefes de Estado a sua visão sobre como integrar melhor os países do Leste Europeu.
No geral, Macron desempenhou um papel fundamental nestas negociações, explica o Politico. "Ele nunca quis antagonizar Orbán, mas sim trazê-lo a bordo. É a abordagem que está dando frutos hoje", disse uma fonte próxima do francês à mídia.

"Estas ofensivas de charme permitiram que o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, iniciasse imediatamente a cúpula anunciando o tão esperado acordo", disse um funcionário informado sobre a discussão no encontro.

Michel pulou as formalidades, expondo rapidamente os detalhes do acordo com Orbán, ao qual nenhum líder se opôs, incluindo pequenas concessões à Hungria, diz a mídia.
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