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Toffoli cobra dados da atuação da Transparência Internacional no Brasil em acordo com a Lava Jato

© Folhapress / Aloisio MauricioMinistro do STF Dias Toffoli no 10º Encontro Anual AASP (Associação dos Advogados de São Paulo) em Campos do Jordão,
Ministro do STF Dias Toffoli no 10º Encontro Anual AASP (Associação dos Advogados de São Paulo) em Campos do Jordão,  - Sputnik Brasil, 1920, 05.02.2024
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, disse ser preciso investigar se recursos públicos foram parar na organização não governamental (ONG) Transparência Internacional.
De acordo com o G1, Toffoli mandou investigar se a Transparência Internacional recebeu e administrou parte dos valores obtidos com multas pagas em acordos firmados pela Operação Lava Jato comandada pelo ex-magistrado e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
A criação e fundação de uma entidade privada para gerir recursos públicos que teriam origem no pagamento de multa às autoridades brasileiras, era "duvidosa" e, com base em um notícia-crime apresentada pelo deputado federal Rui Falcão (PT-SP), o ministro tomou a decisão de requisitar à ONG informações sobre o caso.
O acordo estipulado pela Operação Lava Jato — que investigou um escândalo de lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo agentes políticos e empresariais — previa que a empreiteira Novonor (antiga Odebrecht) pagasse R$ 8,512 bilhões ao governo federal, estados, municípios e a autoridades dos Estados Unidos e da Suíça, em até 23 anos.
O acordo estipulava que os recursos fossem aplicados em investimentos sociais e a decisão de Toffoli vai no sentido de que sejam apresentados dados sobre como a Transparência Internacional atuou neste período e se geriu parte dos recursos, determinando que o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) participem da investigação.
De acordo com um executivo da Transparência Internacional ouvido pela mídia, a entidade "nunca recebeu, nem receberia nada" porque não apenas não recebeu qualquer recurso, como ofereceu estudo ao Ministério Público Federal recomendando que a força-tarefa não determinasse a destinação de recursos eventualmente obtidos em acordos de leniência.
Ainda na semana passada, Toffoli suspendeu multas impostas e autorizou a empreiteira Novonor a pedir renegociação no acordo de leniência firmado com o Ministério Público em 2016 no âmbito da Operação Lava Jato.
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