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Políticas energéticas de Scholz são consideradas 'tóxicas' pela indústria alemã, diz mídia
Políticas energéticas de Scholz são consideradas 'tóxicas' pela indústria alemã, diz mídia
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Para o líder do setor industrial da Alemanha, a agenda climática de Berlim é "mais dogmática do que qualquer outro país que conheço". 06.02.2024, Sputnik Brasil
2024-02-06T08:53-0300
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De acordo com o Financial Times, para o líder da principal associação industrial da Alemanha, Siegfried Russwurm, as políticas energéticas do governo alemão são "absolutamente tóxicas", demonstrando um sinal do declínio da confiança empresarial na gestão da economia pelo chanceler Olaf Scholz. Tratando a agenda climática da Alemanha como "mais dogmática do que qualquer outro país que conheço", Russwurm não consegue determinar qual o plano do governo para o abastecimento de energia em curto prazo. A decisão do país de eliminar gradualmente a energia nuclear e o carvão e mudar para energias renováveis estava colocando as empresas da maior economia da Europa em desvantagem em relação às de outros países industrializados, disse ele. Os comentários surgem em um momento de crescente preocupação com as perspectivas para a Alemanha, que foi a grande economia mundial com pior desempenho no ano de 2023, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). O país tem sido atormentado por elevadas taxas de juros, baixa procura de exportações e elevados preços de energia desencadeados pelas sanções europeias à Rússia em função de sua operação militar especial na Ucrânia iniciada em 2022. O produto interno bruto (PIB) da Alemanha encolheu 0,3% no ano passado e as exportações caíram 4,6% em dezembro, um declínio mais acentuado do que os economistas esperavam. Recentemente, a Alemanha também tem assistido a greves ferroviárias em todo o país e a protestos generalizados de agricultores irritados com os cortes nos subsídios agrícolas, entre outras crises em diferentes setores que ampliam a incerteza política no país. Ainda segundo o chefe do Ifo, uma das razões para esta percepção de insegurança foi a decisão bombástica do Tribunal Constitucional da Alemanha em novembro, que perturbou os planos de despesas do governo ao reduzir a utilização de fundos extraorçamentários, forçando Scholz e os seus ministros a fazerem enormes contenções no orçamento de 2024, aprovado na semana passada (2). Como resultado, um aumento acentuado nas taxas da rede de transmissão deve aumentar as contas de energia das empresas. Mas para o representante do setor, a política energética é apenas uma das áreas em que o governo está falhando. As empresas se queixam também de uma carga fiscal crescente, nos processos complicados de licenciamento e de uma administração pública que ainda está presa na era analógica.
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Políticas energéticas de Scholz são consideradas 'tóxicas' pela indústria alemã, diz mídia
08:53 06.02.2024 (atualizado: 10:16 06.02.2024) Para o líder do setor industrial da Alemanha, a agenda climática de Berlim é "mais dogmática do que qualquer outro país que conheço".
De
acordo com o Financial Times, para o líder da principal associação industrial da Alemanha, Siegfried Russwurm, as
políticas energéticas do governo alemão são "absolutamente tóxicas", demonstrando um sinal do
declínio da confiança empresarial na gestão da economia pelo chanceler Olaf Scholz.
Tratando a
agenda climática da Alemanha como "
mais dogmática do que qualquer outro país que conheço", Russwurm não consegue determinar qual o plano do governo para o abastecimento de energia em curto prazo.
"Ninguém pode dizer com certeza hoje como será o nosso fornecimento de energia dentro de sete anos, e é por isso que ninguém pode dizer quão elevados serão os preços da energia na Alemanha nessa altura", disse ele. "Para as empresas que têm de tomar decisões de investimento, isso é absolutamente tóxico", completou.
A decisão do país de eliminar gradualmente a energia nuclear e o carvão e mudar para energias renováveis estava colocando as empresas da
maior economia da Europa em
desvantagem em relação às de outros países industrializados, disse ele.
Os comentários surgem em um momento de
crescente preocupação com as perspectivas para a Alemanha, que foi a grande economia mundial com
pior desempenho no ano de 2023, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). O país tem sido atormentado por elevadas taxas de juros, baixa procura de exportações e elevados preços de energia desencadeados pelas sanções europeias à Rússia em função de sua
operação militar especial na Ucrânia iniciada em 2022.
O produto interno bruto (PIB) da Alemanha encolheu 0,3% no ano passado e as exportações caíram 4,6% em dezembro, um declínio mais acentuado do que os economistas esperavam.
Recentemente, a Alemanha também tem assistido a
greves ferroviárias em todo o país e a protestos generalizados de agricultores irritados com os cortes nos
subsídios agrícolas, entre outras
crises em diferentes setores que ampliam a incerteza política no país.
"Os indicadores de incerteza política na Alemanha mostram que esta é tão elevada agora como era no Reino Unido durante o Brexit", disse Clemens Fuest, chefe do Instituto Ifo.
Ainda segundo o chefe do Ifo, uma das razões para esta
percepção de insegurança foi a decisão bombástica do Tribunal Constitucional da Alemanha em novembro, que perturbou os planos de despesas do governo ao
reduzir a utilização de fundos extraorçamentários, forçando Scholz e os seus ministros a fazerem enormes contenções no orçamento de 2024, aprovado na semana passada (2). Como resultado, um aumento acentuado nas taxas da rede de transmissão deve aumentar as
contas de energia das empresas.
Ainda segundo Russwurm, as empresas apoiam a transição verde, mas os ministros não conseguiram explicar às empresas "o que acontece quando o vento não sopra e o Sol não brilha", se referindo às tecnologias de geração de energia solar fotovoltaica e eólica. "Ainda não temos clareza sobre como e quando poderemos criar capacidade de reserva confiável", disse ele.
Mas para o representante do setor, a política energética é apenas uma das áreas em que o
governo está falhando. As
empresas se queixam também de uma carga fiscal crescente, nos processos complicados de licenciamento e de uma administração pública que ainda está presa na era analógica.