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'A UE realmente queria chantagear a Hungria', confirma conselheiro de Orbán

© AP Photo / Virginia MayoViktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, fala com a mídia ao chegar para uma cúpula da União Europeia no prédio do Conselho Europeu em Bruxelas, Bélgica, 26 de outubro de 2023
Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, fala com a mídia ao chegar para uma cúpula da União Europeia no prédio do Conselho Europeu em Bruxelas, Bélgica, 26 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 11.02.2024
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Conselheiro de Orbán descreve a pressão de que o primeiro-ministro húngaro foi alvo por parte de vários líderes europeus para que ele aceitasse o plano de financiamento europeu da Ucrânia. A decisão húngara implicou concessões do outro lado.
Vários chefes de Estado da União Europeia (UE) ameaçaram diretamente Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, com o colapso da economia húngara se ele continuasse bloqueando um pacote de ajuda econômica de € 50 bilhões (R$ 267,8 bilhões) para a Ucrânia, disse um conselheiro do líder húngaro.
Em uma entrevista divulgada no sábado (10) no jornal austríaco Exxpress, Balázs Orbán revelou que vários líderes da UE ligaram para Viktor Orbán e "lhe fizeram descaradamente exatamente essa ameaça".
"A UE realmente queria chantagear a Hungria", disse ele.
"Políticos importantes ligaram para o meu primeiro-ministro e explicaram isso a ele abertamente", continuou, acrescentando que "nós rejeitamos essa abordagem. Ela contradiz a ideia básica da UE. Essa é uma violação política 'de fato'", enfatizou.
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O conselheiro do premiê húngaro deixou claro que "nós [...] não temos medo".
"Acreditamos que a economia húngara é forte o suficiente", acrescentou. Ele disse que as concessões obtidas por seu governo foram importantes e que, com elas, Budapeste agora "receberá informações sobre o que acontece com o dinheiro [destinado a Kiev] e poderemos falar sobre isso todos os anos".
"Negociamos um mecanismo de controle para garantir o uso racional dos fundos e obtivemos garantias de que o dinheiro da Hungria não iria para a Ucrânia", disse ele.
Os membros do bloco europeu finalmente aprovaram a assistência financeira a Kiev em 1º de fevereiro, depois que Budapeste retirou seu veto em troca de algumas concessões dos outros países. O plano de Bruxelas foi relatado pelo jornal britânico Financial Times como sendo afundar a moeda húngara, o florim, e causar um colapso na confiança dos investidores, em uma tentativa de "prejudicar os empregos e o crescimento" na Hungria, caso ela não concordasse com a medida.
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