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Jornalista: Israel não enfrenta objeções à guerra por parte da Casa Branca

© AP Photo / Ariel SchalitFumaça sobe após ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza, visto do sul de Israel, em 31 de outubro de 2023
Fumaça sobe após ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza, visto do sul de Israel, em 31 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.02.2024
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Na madrugada de segunda-feira (12), Israel intensificou sua campanha de bombardeios contra o último refúgio dos palestinos em Gaza, a pequena cidade de Rafah na fronteira com o Egito, onde cerca de 1,4 milhão de pessoas estão aglomeradas.
É provável que Israel continue suas ações em Gaza apesar dos protestos da comunidade internacional porque está "vivendo em uma realidade paralela", onde não enfrenta "nenhuma consequência [por parte dos EUA], as bombas continuam sendo entregues, as armas continuam sendo entregues, a ajuda continua sendo [entregue]", disse Esteban Carrillo, jornalista e editor do portal The Cradle.
"[O secretário de Estado dos EUA] Antony Blinken pode viajar para Israel 10, 12, 15 vezes que vai ter sempre a mesma resposta, porque tudo o que você ouve da Casa Branca é completamente ineficaz", disse.
Na mídia dos EUA vazaram relatos de que o presidente estadunidense, Joe Biden, está ficando cada vez mais frustrado com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu. No entanto, as autoridades da Casa Branca têm repetidamente negado que haja quaisquer linhas vermelhas que Israel possa cruzar que façam com que o governo norte-americano corte a ajuda.
Carrillo observou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) têm empurrado os habitantes de Gaza cada vez mais para o sul, para uma área menor, e agora não há mais lugar para fugir.

"Os palestinos foram inicialmente instruídos a desocupar o norte e, em seguida, Israel atacou o norte e depois evacuaram a cidade de Gaza, que fica no centro da Faixa de Gaza. 'Vão para Khan Yunis [disse as FDI]. E depois o que aconteceu? O Exército israelense foi para Khan Yunis […] e então quando [as FDI] estavam indo para Khan Yunis, eles disseram [aos habitantes de Gaza] para irem para Rafah'", destacou Carrillo.

"Rafah é literalmente o último lugar para onde os palestinos poderiam fugir dos ataques, das bombas […] Esta é agora, sem dúvida, a área mais densamente povoada do mundo. E os israelenses estão lançando bombas lá", acrescentou.
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Embora Israel tenha dito publicamente que há áreas seguras para os palestinos fugirem, Carrillo disse que não há opções realistas.
"O plano aqui é limpar etnicamente Gaza […] empurrá-los para o deserto do Sinai, para o Egito e dizer 'agora eles são um problema deles […] quem chora pelos palestinos, pode cuidar deles", explicou.
Os EUA são o maior prestador de ajuda a Israel, enviando US$ 3,8 bilhões (R$ 18,8 bilhões) anualmente. Além disso, o Congresso dos EUA está atualmente debatendo um projeto de lei que inclui um pacote adicional de US$ 14 bilhões (R$ 69,3 bilhões) em ajuda a Israel, bem como cerca de US$ 60 bilhões (R$ 297 bilhões) para a Ucrânia e vários bilhões para Taiwan e outros aliados dos EUA na região da Ásia-Pacífico.
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