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EUA dizem que vão agir se China despejar produtos nos mercados globais, diz mídia

© AP Photo / Elizabeth Dalziel, FileContainer em porto da China (foto de arquivo)
Container em porto da China (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 19.02.2024
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Com a alta competitividade da produção chinesa, os governos ocidentais temem que Pequim possa acabar tentando aliviar a pressão interna causada pelo excesso de produção por meio de exportações baratas.
De acordo com o Financial Times (FT), Washington alertou Pequim de que os EUA e seus aliados vão tomar medidas caso a China tente aliviar o seu problema de excesso de capacidade industrial através do dumping de mercadorias nos mercados internacionais.
Segundo dois altos funcionários do Tesouro dos EUA que falaram com o FT, uma delegação dos EUA deixou claras suas preocupações em uma recente visita à China, inclusive em conversas com He Lifeng, o vice-primeiro-ministro responsável pela economia do gigante asiático.

"Estamos preocupados que as políticas de apoio industrial chinesas e as macropolíticas que estão mais centradas na oferta, em vez de pensarem sobre a origem da procura, estejam ambas se inclinando para uma situação de excesso de capacidade na China […] que acabará por atingir os mercados mundiais", disse Jay Shambaugh, subsecretário para assuntos internacionais, que recentemente liderou uma equipe econômica em visita a Pequim.

Os EUA estão mais preocupados com a produção avançada e, em particular, com os setores de energia limpa, como os veículos elétricos (VEs), os painéis solares e as baterias de íons de lítio.
O subsecretário lidera o lado americano de um dos dois grupos de trabalho que Washington e Pequim criaram após a visita da secretária do Tesouro, Janet Yellen, a Pequim, no ano passado, para discutir questões difíceis como o excesso de capacidade, em um esforço para aliviar as tensões.

"O resto do mundo vai responder, e não o fazem de uma nova forma anti-China, estão respondendo à política chinesa", disse Shambaugh em entrevista ao FT.

Visitantes assistem a um wafer exibido nas telas do Museu de Renovação da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) no Parque Científico de Hsinchu, em Hsinchu, em 5 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.02.2024
Panorama internacional
EUA investirão US$ 5 bilhões em centro de pesquisa de semicondutores para tentar ultrapassar China
Ainda no ano passado, a União Europeia (UE) lançou uma investigação antissubsídios à indústria de VEs da China. A comissária de concorrência da UE, Margrethe Vestager, disse no sábado (17) que o bloco estava preparado para usar ferramentas comerciais para combater as práticas comerciais consideradas injustas da China.
As autoridades chinesas apontam para o fato de a Lei de Redução da Inflação dos EUA tornar proibitiva em termos de custos a importação de baterias de lítio e VEs chineses. Alguns especialistas também apontam que quase um terço das exportações chinesas de VEs no ano passado foram carros que a Tesla, uma empresa norte-americana, produziu na sua fábrica em Xangai.
Segundo a mídia, a China reconheceu os riscos do excesso de capacidade, que tem sido uma característica do seu desenvolvimento industrial durante décadas, mas não traçou um plano claro para resolver o problema.
O Ministério do Comércio da China anunciou neste mês planos para apoiar o "desenvolvimento saudável" da expansão de VEs no exterior, incluindo uma cooperação reforçada com parceiros estrangeiros.
Alguns especialistas consideraram isso um sinal de que o país quer acalmar as preocupações internacionais sobre as exportações de VEs. Mas Pequim também tem criticado o que afirma ser o aumento do comportamento protecionista e o abuso dos mecanismos de disputa comercial por parte do Ocidente.
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