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Haia: África do Sul diz que Israel aplica apartheid mais extremo em Gaza do que o vivido pelo país

© AFP 2023 / Remko de WaalO ministro da Justiça da África do Sul, Ronald Lamola, e o embaixador da África do Sul nos Países Baixos, Vusimuzi Madonsela, comparecem ao Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) antes da audiência do caso de genocídio contra Israel movido pela África do Sul, em Haia, em 11 de janeiro de 2024
O ministro da Justiça da África do Sul, Ronald Lamola, e o embaixador da África do Sul nos Países Baixos, Vusimuzi Madonsela, comparecem ao Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) antes da audiência do caso de genocídio contra Israel movido pela África do Sul, em Haia, em 11 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 20.02.2024
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Com o julgamento em curso, país sul-africano relembra sofrimento vivido por seu povo até 1994. O Ministério da Segurança Nacional de Israel anunciou que limitará a entrada de mulçumanos em Jerusalém, durante o próximo mês sagrado do Ramadã.
Nesta terça-feira (20), segundo dia de audiências na Corte de Haia para analisar a denúncia feita pela África do Sul contra a campanha militar israelense na Faixa de Gaza, Pretória argumentou que Israel é responsável por apartheid contra os palestinos.
"A África do Sul tem uma obrigação especial, tanto para com o seu próprio povo como para com a comunidade internacional, de garantir que, onde quer que ocorram as práticas flagrantes e ofensivas do apartheid, estas sejam denunciadas pelo que são e levadas a um fim imediato", afirmou Vusimuzi Madonsela, embaixador da África do Sul nos Países Baixos, segundo a ABC News.
Madonsela também destacou que o "apartheid" perpetrado contra os palestinos no enclave ultrapassa aquele vivido pelos sul-americanos até 1994.
O ministro da Justiça e Serviços Correcionais da África do Sul, Ronald Lamola, no centro, e o ministro adjunto palestino de Assuntos Multilaterais, Ammar Hijazi, terceiro à direita, discursam à mídia fora do Tribunal Internacional de Justiça em Haia, Países Baixos, 11 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 11.01.2024
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"Como sul-africanos, percebemos, vemos, ouvimos e sentimos profundamente as políticas e práticas discriminatórias desumanas do regime israelense como uma forma ainda mais extrema de apartheid institucionalizado contra os negros em meu país."
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse em um comunicado na segunda-feira (19) que Tel Aviv não reconhece a legitimidade das discussões na Corte Internacional de Justiça. Ele chamou o caso de "parte da tentativa palestina de ditar os resultados do acordo político sem negociações".
Na primeira sessão do julgamento, Tel Aviv também disse que Pretória estava contando apenas "metade da história".
Em 1967, Israel capturou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza construindo assentamentos que abrigam mais de 500 mil colonos judeus atualmente. Os palestinos procuram todas as três áreas para um Estado independente.
Palestinos passam uma bandeira egípcia na lateral de uma rua em Beit Lahiya, norte da Faixa de Gaza, em 25 de janeiro de 2022. - Sputnik Brasil, 1920, 19.02.2024
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Também nesta terça-feira (20), o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, disse que o governo limitará o número de cidadãos muçulmanos que participarão das orações na Mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém, durante o próximo mês sagrado do Ramadã.
A medida foi condenada por líderes árabes, incluindo o legislador da oposição Ahmad Tibi, que disse que Ben-Gvir é um "incendiário, mas que tem acima dele alguém que é responsável e que lhe entrega um galão de gasolina", se referindo a Netanyahu. No entanto, segundo a Reuters, o premiê israelense rejeitou a medida.
Anteriormente, Bem-Givr foi criticado pessoalmente pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por sua política radical e extremista.
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