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Presidente mexicano rejeita interferência de FMI e Banco Mundial no país: 'Não nos impõem mais nada'

© AP Photo / Marco UgarteO presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, durante sua coletiva de imprensa diária no Palácio Nacional. Cidade do México, 14 de novembro de 2022
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, durante sua coletiva de imprensa diária no Palácio Nacional. Cidade do México, 14 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.02.2024
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O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, afirmou nesta quarta-feira (21) que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial já não impõem uma agenda para a economia mexicana, pois o país hoje é independente.
Em coletiva de imprensa, ele lembrou que durante várias décadas, o FMI exerceu uma forte influência na economia mexicana, com seu ponto culminante nas reformas estruturais aplicadas até mesmo durante o mandato do ex-presidente Enrique Peña Nieto, que governou de 2012 a 2018:

"Estou muito grato ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional por seu respeito, mas já não nos impõem nada. Quando os governos anteriores permitiram que lhes impusessem a agenda, a política neoliberal causou muito dano ao povo do México. Somos independentes, livres, soberanos, e os resultados estão à vista", afirmou ele.

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López Obrador insistiu na autossuficiência em energia e alimentos para o México, além de laços comerciais com outras nações. Também destacou que a economia nacional está em uma trajetória positiva, com maior controle da inflação e contínuo estímulo ao investimento estrangeiro:
"Durante os 30 anos em que dominaram a política, o combate à corrupção, que era o principal problema do México, não estava na agenda. Também não estava melhorar os salários. Pelo contrário, a reforma trabalhista visava enfraquecer o poder de compra e os salários", explicou.
Em 9 de fevereiro de 2024, a agência Moody's rebaixou a classificação da empresa mexicana Petróleos Mexicanos (Pemex) de B1 para B3 devido à sua dívida e outros fatores, como os riscos ao aumentar sua capacidade de refino e produção com projetos como a refinaria de Dos Bocas.
Sobre isso, o presidente mexicano disse que "eles ainda estão defendendo o modelo neoliberal e gostariam, por interesses próprios, que continuássemos vendendo petróleo bruto e comprando gasolina. É como vender laranjas e comprar suco de laranja. Isso já era. O que estamos fazendo agora é agregar valor à nossa matéria-prima, em vez de vender o petróleo bruto, estamos refinando-o", apontou.
Com isso, acrescentou ele, 75% da receita da Pemex já vem do mercado interno e não da venda de petróleo bruto para outros países:
"Essa transformação, que é benéfica para o país, não agrada àqueles que, por décadas, conduziram a política de que o México deveria ser um exportador de matéria-prima, de petróleo e comprar gasolina. Pedimos desculpas porque não pensamos mais assim", enfatizou.
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