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Negar genocídio em Gaza é esconder a realidade, diz ministro Luiz Marinho à Sputnik
Negar genocídio em Gaza é esconder a realidade, diz ministro Luiz Marinho à Sputnik
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Desde o domingo (18), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou as ações israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto, Brasil e Israel vivem uma... 22.02.2024, Sputnik Brasil
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Entre os membros do governo petista, a avaliação é que Lula foi correto nas afirmações. É o que defendeu o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil nesta quinta-feira (22). "Eu acho que o pessoal fez um barulho danado em relação ao presidente Lula e desconsidera que sempre fez uma fala muito equilibrada em relação a isso. De maneira alguma se coloca contra o povo judeu", pontua.Conforme Marinho, o Brasil condena o ataque realizado pelo Hamas que levou à declaração de guerra e provocou a morte de quase 1,2 mil pessoas, além do sequestro de outras 240, a maioria mantidas sob cárcere até hoje. Porém o ministro acredita que a reação do governo israelense, comandado por Benjamin Netanyahu, está mais focada em exterminar a Faixa de Gaza. "Isso é incompatível com direitos humanos, incompatível com o mundo civilizado. Não se resolve o problema na força. Portanto, o que o presidente Lula está condenando é essa ação de Israel de verdadeiro extermínio do povo palestino", afirma.A declaração de Lula foi dada em viagem ao continente africano no fim da última semana. Ao fazer a comparação com o Holocausto — extermínio de 6 milhões de judeus pelo nazismo —, gerou repercussões imediatas. No mesmo dia, Netanyahu considerou Lula persona non grata no país até que peça desculpas. A situação também foi um prato cheio para a oposição, que passou a reunir assinaturas para solicitar a abertura de um processo de impeachment na Câmara dos Deputados. No Senado, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) repreendeu publicamente a fala do petista.Quantas pessoas já morreram na Faixa de Gaza?Depois de quase cinco meses de conflito e mais de 85% dos 2,3 milhões de habitantes do enclave desabrigados por conta dos bombardeios constantes, a ocupação militar de Israel na Faixa de Gaza já provocou a morte de quase 30 mil pessoas. O ministro do Trabalho do governo Lula pediu reação dos foros internacionais e também da Organização das Nações Unidas (ONU), criticada duramente pela falta de efetividade nas ações que pedem um cessar-fogo na região. Luiz Marinho ainda reafirmou a fala de Lula de que o extermínio dos palestinos é comparado com o que o nazismo fez aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.Por fim, o ministro defendeu que os quase 140 reféns ainda mantidos em cárcere pelo Hamas em Gaza sejam devolvidos a Israel e que o conflito só será resolvido com a solução de dois Estados. "É preciso respeitar o direito do povo palestino de ter o seu território. Todos os povos têm que ter direito ao seu território. Então acho que é disso que se trata esse conflito".
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Negar genocídio em Gaza é esconder a realidade, diz ministro Luiz Marinho à Sputnik
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Desde o domingo (18), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou as ações israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto, Brasil e Israel vivem uma crise diplomática sem precedentes. Enquanto a oposição se mobiliza em torno de um pedido de impeachment na Câmara, representantes do governo defendem que as declarações "sacudiram o mundo".
Entre os
membros do governo petista, a avaliação é que Lula foi correto nas afirmações. É o que defendeu o ministro do Trabalho, Luiz Marinho,
em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil nesta quinta-feira (22). "Eu acho que o pessoal fez um barulho danado em relação ao presidente Lula e desconsidera que sempre fez uma fala muito equilibrada em relação a isso. De maneira alguma se coloca contra o povo judeu", pontua.
Conforme Marinho, o Brasil condena o ataque realizado pelo Hamas que levou à declaração de guerra e provocou a morte de quase 1,2 mil pessoas, além do sequestro de outras 240, a maioria mantidas sob cárcere até hoje. Porém o ministro acredita que a reação do governo israelense, comandado por Benjamin Netanyahu, está mais focada em exterminar a Faixa de Gaza. "Isso é incompatível com direitos humanos, incompatível com o mundo civilizado. Não se resolve o problema na força. Portanto, o que o presidente Lula está condenando é essa ação de Israel de verdadeiro extermínio do povo palestino", afirma.
A declaração de Lula foi dada em viagem ao continente africano no fim da última semana. Ao fazer a
comparação com o Holocausto —
extermínio de 6 milhões de judeus pelo nazismo —,
gerou repercussões imediatas. No mesmo dia,
Netanyahu considerou Lula
persona non grata no país até que peça desculpas. A situação também foi um prato cheio para a oposição, que passou a reunir assinaturas para solicitar a abertura de um processo de impeachment na Câmara dos Deputados. No Senado, o
presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) repreendeu publicamente a fala do petista.
Quantas pessoas já morreram na Faixa de Gaza?
Depois de quase cinco meses de conflito e
mais de 85% dos 2,3 milhões de habitantes do enclave desabrigados por conta dos bombardeios constantes, a ocupação militar de Israel na Faixa de Gaza já provocou a morte de quase 30 mil pessoas. O ministro do Trabalho do governo Lula pediu
reação dos foros internacionais e também da Organização das Nações Unidas (ONU), criticada duramente pela falta de efetividade nas ações que pedem um cessar-fogo na região. Luiz Marinho ainda
reafirmou a fala de Lula de que o extermínio dos palestinos é comparado com o que o nazismo fez aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
"É preciso parar com esse massacre. Dizer que não está tendo um genocídio na Faixa de Gaza é querer esconder a realidade. Então é disso que se trata. Ou seja, é possível dizer que o primeiro-ministro está sendo para o povo palestino como Hitler foi para o povo judeu. É disso que se trata, sem entrar nas questões históricas do que representou o Holocausto para o povo judeu. Mas o que está representando para o povo palestino é muito comparável", diz.
Por fim, o ministro defendeu que os quase 140 reféns ainda mantidos em cárcere pelo Hamas em Gaza sejam devolvidos a Israel e que o conflito só será resolvido com a solução de dois Estados. "É preciso respeitar o direito do povo palestino de ter o seu território. Todos os povos têm que ter direito ao seu território. Então acho que é disso que se trata esse conflito".