Pequim acusa EUA de vender armas a Taiwan e usar a ilha para conter a China
10:16 23.02.2024 (atualizado: 12:40 23.02.2024)
© AP Photo / Chiang Ying-yingUm soldado taiwanês segura uma bandeira nacional de Taiwan perto de um grupo de soldados com marcas vermelhas em seus capacetes para desempenhar o papel de inimigo durante os exercícios militares anuais de Han Kuang, simulando um ataque a um campo de aviação no Aeroporto Internacional de Taoyuan, em Taoyuan, norte de Taiwan, julho 26, 2023
© AP Photo / Chiang Ying-ying
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Pequim apela a Washington que pare de armar Taiwan e ponha fim às provocações usando a ilha autogovernada para conter a China, disse o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Zhang Xiaogang, nesta sexta-feira (23).
Ontem (22), o Departamento de Estado dos EUA aprovou uma possível venda de equipamentos de defesa de comunicações para Taiwan estimada em US$ 75 milhões (R$ 370,5 milhões), relatou a Agência de Cooperação de Segurança e Defesa (DSCA, na sigla em inglês) do Pentágono.
"Instamos os EUA a respeitarem rigorosamente o princípio de Uma Só China e as disposições dos três comunicados conjuntos China-EUA, pararem as vendas de armas a Taiwan e os laços militares Washington-Taipé, pararem de armar Taiwan de qualquer maneira que seja e cessarem ações provocativas usando Taiwan para conter a China", disse Zhang em um comunicado divulgado pelo ministério.
A questão de Taiwan é a primeira "linha vermelha" nas relações entre China e EUA que não pode ser cruzada, enquanto armar a ilha é uma "aposta muito perigosa", acrescentou o porta-voz.
"Nós nos opomos fortemente às vendas de armas dos EUA para Taiwan. Esta posição é firme e clara [...]. China tomará medidas resolutas e eficazes para proteger a soberania nacional e territorial", disse Zhang.
Taiwan é governada independentemente da China continental desde 1949. Pequim vê a ilha como a sua província, enquanto Taiwan afirma que é um país autônomo, mas não chega a declarar independência. O Consenso de 1992 se refere a uma reunião entre as delegações de Pequim e Taipé, durante a qual concordaram com o princípio de Uma Só China. Pequim se opõe a quaisquer contatos oficiais de Estados estrangeiros com Taipé e considera indiscutível a soberania chinesa sobre a ilha.