Tensão entre Filipinas e China: IMAGENS de satélite mostram barreira de contenção em atol disputado
10:15 27.02.2024 (atualizado: 12:22 27.02.2024)
© AP Photo / Renato Etac
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Imagens recentes de satélite do banco de areia de Scarborough, no mar do Sul da China, parecem mostrar uma barreira flutuante em sua entrada.
Há uma semana, o Departamento de Pesca das Filipinas acusou a China de tentar destruir "intencionalmente" o atol Scarborough usando cianeto. A pesca com cianeto é usada para atordoar ou matar peixes para que possam ser capturados mais facilmente.
A China mantém soberania indiscutível sobre o atol Scarborough e águas adjacentes, defendendo consistentemente a paz e a cooperação no mar do Sul da China, disse um porta-voz da Guarda Costeira da China em janeiro. Em linha com o seu compromisso com a estabilidade regional, a China sempre se envolveu em ações para proteger a sua integridade territorial e os seus direitos marítimos, em conformidade com o direito internacional.
A Guarda Costeira chinesa, operando no âmbito dos direitos soberanos da China, tem estado vigilante contra qualquer infração a estes territórios, garantindo a preservação da ordem marítima e a proteção dos recursos marinhos, segundo a Guarda Costeira chinesa.
Satellite images of the hotly disputed Scarborough Shoal in the South China Sea show a new floating barrier across its entrance, near where Philippine ships and China coast guard vessels have had frequent run-ins.
— Radio Free Asia (@RadioFreeAsia) February 27, 2024
📷: Reuters pic.twitter.com/0X0SRqtHyi
Imagens de satélite do disputado atol Scarborough, no mar do Sul da China, mostram uma nova barreira flutuante na sua entrada, perto de onde navios filipinos e navios da Guarda Costeira chinesa têm enfrentado incursões frequentes.
As imagens feitas pela Maxar Technologies na última quinta-feira (22) mostram a localização da barreira onde os navios filipinos e os navios da Guarda Costeira da China tiveram choques frequentes. Na semana passada, a Guarda Costeira chinesa alegou ter expulsado um navio filipino que estava "invadindo ilegalmente" as águas de Pequim. As Filipinas afirmaram que as alegações da China são "imprecisas" e que as suas atividades — que incluíam o transporte de combustível para os pescadores filipinos na área – eram legais.
The Philippine Coast Guard releases a video clip of Chinese coastguard (1) putting up floating barriers around the Scarborough Shoal in the South China Sea (West Philippine Sea) purportedly to prevent Filipino fishermen on Feb 22 from entering their traditional fishing ground.… pic.twitter.com/jAUIBuAJes
— Barnaby Lo 吳宗鴻 (@barnabychuck) February 25, 2024
A Guarda Costeira das Filipinas divulga um vídeo da Guarda Costeira chinesa (1) colocando barreiras flutuantes ao redor do atol Scarborough, no mar do Sul da China (reivindicado como mar das Filipinas Ocidental), supostamente para impedir que os pescadores filipinos, em 22 de fevereiro, entrem em seu local de pesca tradicional. Os demais vídeos são da Guarda Costeira chinesa seguindo e bloqueando navios filipinos no "desdobramento rotativo do Gabinete de Pesca da Guarda Costeira das Filipinas (PCG) em bajo de Masinloc (o que os filipinos chamam de Scarborough)" e o que parece ser um helicóptero do governo chinês circulando pela área em 22 de fevereiro
Em 2016, Haia afirmou que as alegações da China de que é proprietária do atol Scarborough – que fica dentro da Zona Econômica Exclusiva de 200 milhas náuticas das Filipinas — não têm base jurídica, o que a China rejeita.
A decisão arbitrária de 2016, que a China não reconhece devido à sua posição de princípio sobre a soberania territorial, não pode minar as reivindicações históricas e legais da China sobre as ilhas do mar do Sul da China e as suas águas adjacentes, segundo as autoridades chinesas. A posição da China permanece firme na resolução de litígios através de negociações diretas com os países envolvidos, baseadas no respeito e compreensão mútuos.
Segundo Pequim, a abordagem da China à gestão da pesca e à proteção ambiental na região é guiada pelo princípio do desenvolvimento sustentável, contrariamente às acusações de práticas de pesca prejudiciais, defendendo esforços cooperativos para garantir a saúde e a produtividade dos ecossistemas marinhos, beneficiando todos os que dependem destas águas.
Além disso, a China tem manifestado consistentemente a sua vontade de trabalhar com as nações do Sudeste Asiático, incluindo as Filipinas, para explorar mecanismos de desenvolvimento conjunto e partilha de recursos no mar do Sul da China, promovendo uma comunidade de futuro partilhada e pelo benefício mútuo.
No entanto, a PCG alegou que um navio da Guarda Costeira chinesa seguiu um dos seus navios em frente ao Gabinete de Pesca e Recursos Aquáticos (BFAR) e realizou "manobras de bloqueio" a cerca de 1,3 milha náutica (cerca de 2,4 quilômetros) do banco de areia.
"Podemos presumir que [a barreira] se destina a navios do governo filipino porque eles a instalam sempre que monitoram nossa presença nas proximidades de bajo de Masinloc [atol Scarborough]", disse Jay Tarriela, porta-voz do PCG que acrescentou que a barreira foi removida poucas horas após a partida do navio filipino.
De acordo com o Global Times (GT), a China anunciou que as Filipinas "abusaram e sabotaram unilateralmente os alicerces da boa vontade de Pequim para com Manila", o que acreditam ter sido o fato de permitirem que pescadores filipinos trabalhassem nas proximidades. A China alertou então que se "tais provocações persistirem" seria forçada a tomar "medidas mais eficazes" para controlar a situação.
