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Entre confissões e incompetências: o que leva Borrell a reconhecer o fim do Ocidente?
Entre confissões e incompetências: o que leva Borrell a reconhecer o fim do Ocidente?
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As declarações de Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia (UE), sobre o declínio do Ocidente geraram debate e questionamentos sobre a efetividade... 28.02.2024, Sputnik Brasil
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As estratégias implementadas durante sua gestão no bloco foram ineficazes, levando à busca de unificação do que resta da hegemonia ocidental, apontam especialistas em assuntos internacionais consultados pela Sputnik.Recentemente, o líder europeu declarou que a era em que as potências ocidentais, lideradas principalmente pelos Estados Unidos e pela União Europeia, dominavam está próxima do fim.Na opinião do professor da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) Carlos Manuel López Alvarado, o responsável europeu "está na reta final do seu período à frente da referida agência e das estratégias que teve de implementar para contrariar a influência da Rússia".Segundo ele, as estratégias para contrapor a influência russa na Europa Ocidental falharam, consolidando e aumentando o desdém que o Sul Global tem por todas as iniciativas ocidentais. Alvarado destaca a necessidade de Borrell reagrupar esforços para tornar a abordagem mais eficaz.No entanto, o professor da UNAM e da Universidade La Salle Alejandro Martínez Serrano considera que as palavras de Borrell denotam uma contradição em relação à posição que ele havia demonstrado anteriormente sobre a Europa e o Ocidente em geral.Reações e desafios para o 'futuro sem o Ocidente'Apesar das declarações, Borrell não perdeu a oportunidade de criticar o Sul Global, convidando a contradizer acusações de aplicação de "dois pesos e duas medidas". Nesse sentido, López Alvarado observa que isso esconde interesse e manipulação por parte do responsável europeu, sugerindo que o Ocidente não faz nada de errado.Entretanto, os especialistas concordam que as reações das nações ocidentais podem ser muito negativas. Martínez Serrano afirma que Borrell está perdendo prestígio e terá pouca credibilidade ao expressar ideias ou discursos no futuro próximo, pois suas expressões serão desvalorizadas devido às contradições frequentes.Quanto ao futuro sem o Ocidente, os especialistas veem uma maior multipolaridade e interdependência entre novos atores, como Moscou e Pequim, com uma visão ampliada para as questões sociais. Eles ressaltam a importância de os países do Sul Global unirem forças de maneira mais efetiva para aproveitar as oportunidades apresentadas.Martínez Serrano destaca que o grande debate nos próximos anos será a ligação em áreas econômicas e políticas fora das nações europeias e dos Estados Unidos. Ele espera que o BRICS desempenhe um papel central na cooperação intergrupal e fora do grupo, gerando áreas de cooperação além da UE e de Washington.Os especialistas concordam que o futuro sem o Ocidente será caracterizado por uma visão mais multipolar e pela interdependência entre diferentes atores globais.
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Entre confissões e incompetências: o que leva Borrell a reconhecer o fim do Ocidente?
19:04 28.02.2024 (atualizado: 12:31 29.02.2024) As declarações de Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia (UE), sobre o declínio do Ocidente geraram debate e questionamentos sobre a efetividade das estratégias do bloco em lidar com a ascensão de novos polos de poder.
As estratégias implementadas durante sua gestão no bloco foram ineficazes, levando à busca de unificação do que resta da hegemonia ocidental, apontam especialistas em assuntos internacionais consultados pela Sputnik.
"Se a atual tensão geopolítica global continuar a desenvolver-se no sentido do Ocidente versus o resto, o futuro da Europa poderá ser sombrio. A era do domínio ocidental chegou verdadeiramente ao fim", afirmou em um texto publicado no site do Serviço Europeu para a Ação Externa.
Na opinião do professor da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) Carlos Manuel López Alvarado, o responsável europeu "está na reta final do seu período à frente da referida agência e das estratégias que teve de implementar para contrariar a influência da Rússia".
Segundo ele, as estratégias para contrapor a influência russa na Europa Ocidental falharam, consolidando e aumentando o desdém que o Sul Global tem por todas as iniciativas ocidentais. Alvarado destaca a
necessidade de Borrell reagrupar esforços para tornar a abordagem mais eficaz.
No entanto, o professor da UNAM e da Universidade La Salle Alejandro Martínez Serrano considera que as palavras de Borrell denotam uma contradição em relação à posição que ele havia demonstrado anteriormente sobre a Europa e o Ocidente em geral.
"Ele sempre falou de uma presença da política europeia acima de qualquer outra potência do planeta. É algo muito contraditório", afirma Martínez.
Reações e desafios para o 'futuro sem o Ocidente'
Apesar das declarações, Borrell não perdeu a oportunidade de criticar o Sul Global, convidando a contradizer acusações de aplicação de "dois pesos e duas medidas". Nesse sentido, López Alvarado observa que isso esconde interesse e manipulação por parte do responsável europeu, sugerindo que o Ocidente não faz nada de errado.
Entretanto, os especialistas concordam que as reações das nações ocidentais podem ser muito negativas. Martínez Serrano afirma que
Borrell está perdendo prestígio e terá pouca credibilidade ao expressar ideias ou discursos no futuro próximo, pois suas expressões serão desvalorizadas devido às contradições frequentes.
Quanto ao futuro sem o Ocidente, os especialistas veem uma maior multipolaridade e interdependência entre novos atores, como Moscou e Pequim, com uma visão ampliada para as questões sociais. Eles ressaltam a importância de os países do Sul Global unirem forças de maneira mais efetiva para aproveitar as oportunidades apresentadas.
"Os laços e iniciativas regionais precisam ser fortalecidos porque quando as condições hegemônicas globais mudarem e o Ocidente não estiver mais na liderança, mas sim houver uma multiplicidade de lideranças, naturalmente a América Latina terá se adaptado a essa nova ordem, assim como a África. Deve haver uma organização e mecanismos de integração", sublinha López Alvarado.
Martínez Serrano destaca que o grande debate nos próximos anos será a ligação em áreas econômicas e políticas fora das nações europeias e dos Estados Unidos. Ele espera que o BRICS desempenhe um papel central na cooperação intergrupal e fora do grupo, gerando áreas de cooperação além da UE e de Washington.
Os especialistas concordam que o futuro sem o Ocidente será caracterizado por uma visão mais multipolar e pela interdependência entre diferentes atores globais.