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Que repercussões poderia trazer a reintrodução do alistamento militar obrigatório na Alemanha?
Que repercussões poderia trazer a reintrodução do alistamento militar obrigatório na Alemanha?
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Muitos alemães comuns continuam pessimistas em relação ao serviço militar obrigatório, disse à Sputnik o ex-militar e ex-político do setor de defesa da Suécia... 07.03.2024, Sputnik Brasil
2024-03-07T08:52-0300
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O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, planeja acelerar o processo de reintrodução do serviço militar obrigatório no seu país, informou a revista Der Spiegel. Ele deu ao Ministério da Defesa até 1º de abril para apresentar opções para um modelo de serviço militar alemão que dê uma contribuição importante para a "resiliência nacional". A medida é "um sinal claro do rearmamento que está ocorrendo na Europa", disse Mikael Valtersson, ex-oficial das Forças Armadas/Defesa Aérea sueca, ex-político de defesa e chefe de gabinete dos Democratas Suecos, em entrevista à Sputnik. O ex-político de defesa lembrou que "a resistência contra o recrutamento [na Alemanha] diminuiu durante os últimos anos, em parte como resultado do conflito na Ucrânia e do subsequente aumento da tensão entre o Ocidente e a Rússia". Ao mesmo tempo, o crítico argumentou que "com forças armadas maiores, a Alemanha terá, naturalmente, uma influência maior na segurança e na política europeias". Segundo o ex-oficial sueco, "a capacidade alemã para substituir os EUA como principal defensor convencional na Europa também aumentará com forças armadas parcialmente baseadas no recrutamento". Sua argumentação foi ecoada por Stefan Keuter, político alemão do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) e membro do Bundestag (parlamento alemão) desde 2017, que disse à Sputnik que o país "já tem um exército regular, a Bundeswehr", que está "integrado na aliança de defesa ocidental". Ainda não está claro "como as coisas vão evoluir em Washington e um alto nível de preparação de defesa não pode ser uma desvantagem", acrescentou, aparentemente se referindo às observações anteriores do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a sua relutância em defender os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que não cumprem as diretrizes de gastos.
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Que repercussões poderia trazer a reintrodução do alistamento militar obrigatório na Alemanha?
08:52 07.03.2024 (atualizado: 10:10 07.03.2024) Muitos alemães comuns continuam pessimistas em relação ao serviço militar obrigatório, disse à Sputnik o ex-militar e ex-político do setor de defesa da Suécia, Mikael Valtersson.
O
ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, planeja acelerar o
processo de reintrodução do serviço militar obrigatório no seu país,
informou a revista Der Spiegel.
Ele deu ao Ministério da Defesa até 1º de abril para apresentar opções para um modelo de serviço militar alemão que dê uma contribuição importante para a "resiliência nacional".
A medida é "um
sinal claro do rearmamento que
está ocorrendo na Europa", disse Mikael Valtersson, ex-oficial das Forças Armadas/Defesa Aérea sueca, ex-político de defesa e chefe de gabinete dos Democratas Suecos, em entrevista à Sputnik.
Tal processo "pode resultar em uma nova corrida armamentista e em um aumento dos confrontos na Europa", alertou Valtersson. Em um aparente aceno à Alemanha, ele disse que "com o recrutamento, toda a sociedade se torna muito mais militarizada, uma vez que grande parte da população tem experiência militar".
O ex-político de defesa lembrou que "a
resistência contra o recrutamento [na Alemanha] diminuiu durante os últimos anos, em parte como resultado do
conflito na Ucrânia e do subsequente aumento da tensão entre o Ocidente e a Rússia".
"Mas também em grande parte devido a uma intensa campanha da mídia e dos políticos ocidentais que tentam assustar a população com a 'ameaça da Rússia'. Uma grande parte da população ainda permanece cética em relação ao recrutamento", acrescentou Valtersson.
Ao mesmo tempo, o crítico argumentou que "com forças armadas maiores, a Alemanha terá, naturalmente, uma
influência maior na
segurança e na política europeias". Segundo o ex-oficial sueco, "a capacidade alemã para substituir os EUA como principal defensor convencional na Europa também aumentará com forças armadas parcialmente baseadas no recrutamento".
Ao se referir aos laços russo-alemães, ele disse que "o recrutamento em si" não os afetaria, "mas em combinação com o rearmamento geral e uma linguagem muito militarista por parte dos meios de comunicação e dos políticos alemães, as relações vão piorar".
Sua argumentação foi ecoada por Stefan Keuter, político alemão do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) e
membro do Bundestag (parlamento alemão) desde 2017, que disse à Sputnik que o país "já tem um exército regular, a Bundeswehr", que está "
integrado na aliança de defesa ocidental".
Se for fortalecido, o "eixo da aliança" europeu poderá reduzir a dependência dos norte-americanos, observou Keuter.
Ainda não está claro "como as coisas vão evoluir em Washington e um alto nível de preparação de defesa não pode ser uma desvantagem", acrescentou, aparentemente se referindo às observações anteriores do
ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a sua relutância em defender os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que não cumprem as diretrizes de gastos.