Mídia: governo Biden aprovou mais de 100 remessas militares a Israel sem conhecimento do Congresso
10:07 08.03.2024 (atualizado: 12:01 08.03.2024)
© AFP 2023 / Saul LoebVista do Capitólio dos EUA em Washington, EUA, 7 de março de 2024
© AFP 2023 / Saul Loeb
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O The Wall Street Journal indicou que a administração norte-americana usou uma "regra emergencial" para impedir o escrutínio do Congresso dos EUA sobre o envio de armas a Israel.
A administração norte-americana de Joe Biden aprovou mais de 100 remessas de armas para Israel desde outubro de 2023, mas somente notificou o Congresso do país sobre duas delas, informou na quarta-feira (6) o jornal norte-americano The Wall Street Journal.
De acordo com funcionários atuais e antigos dos EUA, as principais vendas de armas ao exterior são geralmente encaminhadas aos legisladores para análise e, em seguida, divulgadas publicamente. Eles sublinharam que em ambos os casos a administração presidencial usou uma "regra emergencial" para evitar o processo de verificação.
"As demais transferências de armas foram aprovadas usando mecanismos menos públicos disponíveis para a Casa Branca. Isso inclui a obtenção de armas dos estoques dos EUA, a aceleração de remessas previamente aprovadas e o envio de armas em remessas menores, com um valor mais baixo que o limite exigido para a administração notificar o Congresso", contaram as fontes ao jornal.
O jornal disse, citando uma declaração de Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, que o órgão nega tais entregas, chamando de falso o alegado envio de armas em lotes menores, com um custo abaixo de um determinado limite. Segundo ele, a Casa Branca seguiu os procedimentos que o próprio Congresso dos EUA determinou para manter os membros informados.
Israel diz que a incursão do Hamas no dia 7 de outubro de 2023 tirou a vida a cerca de 1.200 pessoas e fez 253 reféns, enquanto as autoridades de saúde de Gaza dizem que o número de vítimas mortais na posterior ofensiva lançada por Israel já ultrapassou as 30.800.