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Militares da OTAN já estão na Ucrânia, admite ministro das Relações Exteriores polonês

© AP Photo / Andreea AlexandruSoldados dos EUA fazem fila durante a visita do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, à base aérea Mihail Kogalniceanu, perto da cidade portuária de Constanta, no mar Negro, leste da Romênia, 11 de fevereiro de 2022
Soldados dos EUA fazem fila durante a visita do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, à base aérea Mihail Kogalniceanu, perto da cidade portuária de Constanta, no mar Negro, leste da Romênia, 11 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 10.03.2024
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Os comentários de Radoslaw Sikorski foram feitos durante um painel de discussão que marcou o 25º aniversário da Polônia na aliança. A autoridade se absteve de nomear os países específicos envolvidos, no meio de deliberações em curso no seio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre uma potencial intervenção.
Alguns países da OTAN já enviaram os seus militares para a Ucrânia, disse o ministro das Relações Exteriore polonês, Radoslaw Sikorski, durante um painel de discussão em um evento dedicado ao 25º aniversário da adesão da Polônia à aliança, transmitido no canal Sejm RP no YouTube.
"Os soldados da OTAN já estão presentes na Ucrânia", disse Sikorski.
Sikorski acrescentou que não iria divulgar quais Estados enviaram seus militares para lá, "ao contrário de alguns políticos".
Anteriormente, o diplomata disse que a presença de forças da OTAN na Ucrânia "não era impensável", acrescentando que apreciou a iniciativa do presidente francês Emmanuel Macron sobre a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia. O presidente polonês Andrzej Duda, por sua vez, expressou a sua opinião de que Varsóvia precisa construir um grande aeroporto para transportar as tropas da OTAN.
No final de fevereiro, Macron disse que a França faria tudo para evitar que a Rússia "ganhe esta guerra". Segundo ele, os líderes dos países ocidentais discutiram a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia e, embora não tenha sido alcançado um consenso a esse respeito, nada pode ser descartado.
Mais tarde, o presidente francês, duramente criticado por suas declarações, observou que todas as suas palavras foram cuidadosamente consideradas. Ele também enfatizou que Paris "não tem limites ou linhas vermelhas" na questão da assistência a Kiev.
Andrzej Duda, presidente da Polônia, fala durante coletiva de imprensa com WilliaM Ruto, presidente do Quênia (fora da foto), na Casa do Estado, em Nairóbi, Quênia, 5 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 09.03.2024
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Presidente da Polônia se expressa a favor da construção de grande aeroporto da OTAN no país
Ao mesmo tempo, as autoridades de muitos países europeus afirmaram que não se fala em transferência de militares para a Ucrânia. Em particular, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o ministro da Defesa Boris Pistorius enfatizaram que a Alemanha não enviaria seus militares para o país. Além disso, o chefe do governo alemão esclareceu que os países da OTAN como um todo não vão fazer isso.
O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, também disse que a França e a Polônia não têm o direito de falar em nome da Aliança Atlântica e que a intervenção da OTAN no conflito "apagaria o caminho para a diplomacia".
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentou para a Sputnik as palavras do chanceler polonês, Radoslaw Sikorski, sobre a presença de militares da OTAN na Ucrânia.
"Eles não conseguiam mais esconder isso", disse ela.
Em seu discurso anual perante a Assembleia Federal da Rússia, no final de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, alertou que as consequências de uma possível intervenção da OTAN na Ucrânia seriam trágicas para as tropas destacadas da aliança.
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